terça-feira, 7 de agosto de 2018

LUGARES

07/08/18 - Nova Zelândia – ao ver Bolsonaro a falar sandices, Ciro a repetir fórmulas desastrosas do PT, e Lula, da cadeia, a colocar cabresto na esquerda, só me resta apelar aos Kiwis: SOCORRO !! TIREM-ME DAQUI DESTA MALUQUICE !!!

São pouco mais de 130 km, pouco menos de 02 horas, em tese, de Blenheim a Kaikoura de carro... Mas não foi assim... Houve um terremoto em novembro de 2016, que eu ignorava totalmente, cujo epicentro era próximo a Kaikoura, 7,8 na escala Richter, e a estrada, à beira do Pacífico, possuía inúmeras obras de reparo, e que exigiam inúmeras paradas...
Mas foi uma viagem bem tranquila, apesar de lenta...
Kaikoura é uma pequena cidade à beira mar, com estilo Búzios... Há obras, devido ao terremoto, mas o ambiente é bem relaxado...
Para quem tiver mais de que um dia (não era o meu caso), vale sair de barco, e avistar, talvez, baleias, focas ou golfinhos.
Limitei-me a flanar pelas pacatas ruas de Kaikoura, enquanto cruzava com Kiwis muito mais que relaxados, pé no chão, com um ar de felicidade sonolenta e despreocupada... Esses caras precisavam um pouco de Brasil ! Seria sacanagem !!
No dia em que saí, desde a madrugada, tudo parou, mesmo... 25 de Abril, ANZAC Day, que eu já comentara por aqui...
Batalha de Gallipoli, Dardanelos, Turquia, I Guerra Mundial, corpo australiano-neozelandês, estes 02 países mais ou menos se firmam como nações no cenário internacional. Impressiona !




29/07/18 - Mais Nova Zelândia – Outubro se aproxima no Brasil, e é pra Nova Zelândia que eu fugirei !

Agora cruzamos diagonalmente a Ilha Sul, Nova Zelândia, de Greymouth, na costa oeste, até Blenheim, no extremo nordeste... +- 325 km, nas “tenebrosas” estradas neozelandesas.
Enquanto me debatia com o tédio representado por aquelas maravilhosas paisagens, cruzava os alpes neozelandeses, atravessava o Nelson Lakes National Park (se tivesse tempo, que não tinha, teria dado uma parada por lá), até que, enquanto nos aproximávamos de Blenheim, caí no meio da mais rica região vinícola do país, no Wairau Valley, em Malborough.
Pouco depois, Blenheim. Pequena, simpática, “megalópole” com pouco mais de 31 mil habitantes.
De lá, na manhã seguinte, rodamos até Picton, simpática e pequena, de onde saem ferries e balsas que cruzam o canal que separa as Ilhas Norte e Sul até Wellington, a capital da Nova Zelândia, no extremo sul da Ilha Norte.
De Picton seguimos, à beira de recortado litoral (e belíssimo !!), à beira dos Malborough Sounds, até Havelock. Pausa para relaxar e tomar uma chowder de frutos do mar. De volta à estrada, até Nelson, à beira da Tasman Bay.
Agora, um pouco de História, quase uma obsessão para estes neozelandeses anglo-saxões (devemos aprender com eles):
Blenheim, onde pernoitamos, vem a ser o nome de uma batalha famosa na Guerra de Sucessão Espanhola, no século XVIII, vencida pelo famoso duque de Malborough, que dá nome à região.
Picton é o nome de um general britânico das guerras napoleônicas. E Nelson, obviamente, deve ser homenagem ao famoso almirante Nelson, o vencedor da Batalha de Trafalgar.
Em Picton, após fazer pequena doação, peguei 02 réplicas de papoulas, pois o dia de homenagem aos mortos da Nova Zelândia e Austrália nas guerras se aproximava, dia 25 de Abril, quando estes 02 países param. O ANZAC Day !!





22/07/18 - Nova Zelândia, lá vem você de novo pra esfregar em nossas caras um choque de civilidade, respeito, belíssimas paisagens, e paz...

Depois de visitar as geleiras, seguimos rumo ao norte da Ilha Sul, Nova Zelândia, desta vez à beira do Mar da Tasmânia.
Objetivo: conhecer as Pancake Rocks, mais ou menos 40 minutos de carro depois de Greymouth, e no dia seguinte, partindo de Greymouth, cortar boa parte da Ilha Sul, diagonalmente, atravessar o Arthur’s Pass, parar para comer algo e relaxar em Spingfield, e voltar a Greymouth.
Partimos de Franz Josef pela manhã, cruzamos Greymouth 172 km depois, mais ou menos 2 horas e 20 minutos dirigindo (o que sempre é “estafante” na Nova Zelândia !), e mais 40 minutos de carro após chegamos às Pancake Rocks.
Vale conhecer, pois são formações rochosas bizarramente diferentes, como panquecas sobrepostas, coisa que os geólogos, estes caras estranhos, devem saber o porquê.
Greymouth foi onde planejamos passar 02 noites. A cidade foi, fundamentalmente, dormitório. Confesso que não possui atrativo que justifique mais tempo.
No dia seguinte, o melhor, mas o mais longo percurso ! 180 km de estrada a partir de Greymouth, cruzar o Arthur’s Pass, até Springfield.
Arthur’s Pass reúne espetaculares paisagens, que fizeram valer à pena a esticada. Ao final, Springfield nos aguardava, com uma rosquinha mordida à beira da estrada, homenagem ao Homer Simpson, dos bizarros Simpsons.
Voltamos meio mortos a Greymouth, mas felizes por este estonteante dia, cercado por montanhas meio nevadas, cortando riachos e pradarias.
Depois, nos aguardava o extremo nordeste da Ilha Sul. Mas isso é outra história.




22/07/18 - Nova Zelândia, refúgio seguro em meio ao caos instalado no Brasil....

Depois de diversão a valer em Queenstown, partimos para Wanaka... Prefira seguir via a Crown Range Road, com vistas belíssimas, pouco mais de 01 hora, 67 km. Há o risco no inverno desta estrada estar fechada, devido à neve ou ao gelo, mas há uma cancela na subida desta estrada que estará fechada, caso isto ocorra. Basta pequeno retorno, para pegar estrada um pouco mais extensa, e mais plana.
Se você quiser um pouco de emoção e adrenalina, antes vá ao Wanaka Airport.
Há uma empresa, a Classic Flights, na Spitfire Lane. Reservei voo antes de sair do Brasil.
Preferi o voo com o Tiger Moth, e, sinto dizer, foi sensacional, com direito a looping e outras aloprices.
Depois disso, Wanaka !
Wanaka seria, arrisco dizer, uma Queenstown de anos atrás... Muito mais tranquila, relaxada...
Flane por lá à vontade ! Curta o Lago Wanaka que banha a cidade.
Não perca o Cinema Paradiso, ambiente especial para os cinéfilos e inúmeras sessões com diferentes filmes. Você achará aquele que procura.
Parada obrigatória na sorveteria Patagonia, sorvete de doce de leito argentino.
Mandatório: restaurante japonês (acho que somente jantar) Sasanoki, 26 Ardmore St. Os ramens são excelentes, as ostras sensacionais (verifique se há as Bluff Oysters), e o papo com Hirashi Sasaki, chef e proprietário, imperdível !
Depois é dançar o Haka !!

Em tempo: tendo em vista o caos por aqui, com as decisões no mínimo bisonhas e enviesadas do desembargador Rogério Favreto, enviei pedido de asilo URGENTE ao governo neozelandês, à primeira-ministra Jacinda Ardern. Primeiro foi difícil convencê-la de que isto estava realmente ocorrendo... Após meus apelos insistentes e choro convulsivo, ela se convenceu, felizmente... Tchau, fui !!!


20/06/18 - Nova Zelândia, Destino Obrigatório em meio ao Apocalíptico Cenário Eleitoral no Brasil

Após um dia flanando em Dunedin, partimos, Madame G., aquela excursionista intrépida, e eu, para a Fiordland, no extremo sudoeste da Ilha Sul, de cara para o Mar da Tasmânia.
Hospedamo-nos perto de Te Anau, e Te Anau deve ser o lugar onde se hospedar ao visitar a região. Possui infraestrutura, com hotéis perto, restaurantes, supermercados, postos de combustível etc., além de acesso por estradas que dela saem para toda a região.
Visitamos o Doubtful Sound, via barco que saiu de Manapouri (em realidade, barco + ônibus + barco, pois este fiorde exigia atravessar uma montanha para ser alcançado), e o Milford Sound.
Se você tiver que escolher entre ambos, escolha o Milford Sound. É menor, um passeio de barco mais curto (o que pode ser uma vantagem), mas, em minha opinião, mais bonito, mais imponente.
Uma imensa vantagem do Milford Sound é que para atingi-lo, vindo de Te Anau, você percorrerá uma estrada belíssima, com paisagens estonteantes, que cruzará um vale, e lentamente subirá até cruzar um túnel (que poderá estar fechado em períodos de nevasca mais pesada) e voltar a descer numa estrada serpenteante até o pequeno povoado de Milford Sound.
À beira desta estrada, entre Te Anau e Milford Sound, há inúmeros belíssimos locais para uma parada e uma breve caminhada. Vale saborear a região.
Para os adeptos de trekking, há inúmeras trilhas, boa parte delas saindo desta mesma estrada.
Em tempo: Doubtful Sound e Milford Sound não são estreitos, como o nome “Sound” poderia fazer crer. O nome foi dado erroneamente por navegadores britânicos em suas primeiras incursões à esta costa, início do século XIX. De fato, ambos são Fiordes, formados por imensas geleiras, cujo movimento criou estes belíssimos desfiladeiros à beira do Mar da Tasmânia.




18/06/18 - Nova Zelândia, Destino Obrigatório em meio ao Apocalíptico Cenário Eleitoral no Brasil

O planejamento da viagem à Nova Zelândia reservou a maior parte do tempo à Ilha Sul. Após 02 dias em Auckland (depois volto a ela), um voo de +- 1,5 hora nos trouxe a Christchurch. Só o tempo de comer rapidamente no aeroporto, e pegar o carro reservado na locadora, pois nos esperavam mais de 05 horas nas “precárias” estradas até Dunedin, com direito a uma parada para ver as Moeraki Boulders, que ficam à beira da estrada, facílimo !
As Moeraki são rochas redondas, na praia, curiosas, mas, confesso, nada demais. De qualquer forma, como estávamos “de passagem”, valeu a parada...
Gastamos um dia para flanar em Dunedin, cidade fundada por escoceses, simpática, mas planejada somente como escala de reabastecimento das energias, antes de partimos pra oeste, fiordes, alpes, geleiras, voos....
Rumo a Te Anau e ao Fiordland.....


18/06/18 - Nova Zelândia, Destino Obrigatório em meio ao Apocalíptico Cenário Eleitoral no Brasil

Desembarque no aeroporto de Auckland... Carimbo de turista, ou pedir asilo ?? Optei pelo pedido de asilo... Comecei a tentar explicar-me, mais meu inglês macarrônico, mais parecido ao idioma maori do século XII, causou-me problemas.
Felizmente, um nativo Maori ajudou-me, pois entendia um pouco daquele trôpego balbuciar...
Através de mímica e danças semelhantes ao Haka (dança de guerra Maori), consegui mostrar a eles que as coisas no Brasil estão pegando...
Cotados para as eleições para presidente: Bolsonaro, ex militar saudoso da ditadura, que nada entende de nada, mas já prometeu matar e dar porrada; Ciro, outro candidato, afirmou que o déficit da Previdência é 10 vezes menor, e possui estilo “prende e arrebenta”; acrescentei que a militância petista insiste em lançar como candidato à presidência Lula, preso por corrupção.
Frente a estes inapeláveis argumentos, os Maoris da imigração dançaram o Haka e me acolheram, como legítimo guerreiro.
Agora sou um deles, um ½ Maori, ½ Kiwi, e vivo feliz a tosquiar ovelhas e a contar histórias bizarras e tristes de minha vida no Brasil...




19/05/18 - Nova Zelândia: Impressões Não Lineares de um Tupiniquim, que preferiria viver lá e ser um Kiwi

Bluff Oyster – Na Nova Zelândia, não percam as Bluff Oysters (para os amantes de ostras, como eu). Encontrei-as na Ilha Sul. E elas continuam por lá, a nossa espera !! Acho que a temporada é algo como de Março a Novembro.

Caso visitem Wanaka, na Ilha Sul, o que eu recomendo fortemente, não deixem de conhecer o restaurante SASANOKI, de Hisashi Sasaki, 26 Ardmore Street, Lake Wanaka.


Peçam as Bluff Oysters !! Aproveitem o cardápio, recheado de interessantes e divertidas histórias e informações, com ótimos pratos.

E não deixem de bater um papo com Hisashi Sasaki, para que ele conte um pouco do restaurante, dos pratos, das histórias que recheiam o cardápio, e sobre as Bluff Oysters !!

Mas Wanaka reserva MUITO mais ! Depois eu conto....

 
19/05/18 - Nova Zelândia: Impressões Não Lineares de um Tupiniquim, que preferiria viver lá e ser um Kiwi

Madame G. e eu conhecêramos em 2014 vários australianos, quando eles nos revelaram que os australianos (assim como os neozelandeses) visitam a Turquia para, entre outras coisas, conhecer Galípoli, nos Dardanelos. Queriam estar onde seus parentes, avôs, bisavôs ou conhecidos teriam combatido, muitos sido ferido ou morrido, os turcos na I Guerra.

Descobrimos também nestas conversas que australianos e neozelandeses comemoram o Anzac Day (Dia do Corpo Australiano e Neozelandês, I Guerra), em 25 de Abril de cada ano, tendo em vista a data de combates decisivos em Galípoli em 1915.

É uma data muito importante para australianos e neozelandeses, talvez porque afirmava, pela primeira vez, a projeção dos 02 países como nações no cenário internacional, em um conflito mundial.

Por acaso, em 25 de Abril estávamos na Nova Zelândia, em Kaikoura. O país parou, desde o raiar do dia, com cerimônias na maioria das cidades para comemorar este dia e homenagear os mortos em conflitos.

Muitos neozelandeses (kiwis), dias antes a até dias depois, com réplicas de papoulas sobre o peito esquerdo, como os britânicos fazem em novembro da cada ano, tendo em vista a data que marca o final da I Guerra.

Porque papoula ? Em tese a papoula é a primeira flor que nasce em um campo de batalha, devastado, após o encerramento dos combates.

Bizarro, surpreendente, impressionante. Os aussies (australianos) e os kiwis (neozelandeses) respeitam, e com muita razão, a História de seus países, e o porquê das coisas, para lembrar, sempre, para que não sejam, novamente, cometidos os mesmos erros do passado.

Curiosamente havia lido, há pouco, no livro “Inferno”(All Hell Let Loose), de Max Hastings, que a Nova Zelândia foi o país entre os aliados ocidentais que mais mortos como percentual de sua população teve na II Guerra. Mais um motivo para os Kiwis prestarem a justa homenagem, e jamais esquecerem. Para reverenciar o Anzac Day.



19/05/18 - Nova Zelândia: Impressões Não Lineares de um Tupiniquim, que preferiria viver lá e ser um Kiwi



Normalmente eu via um pouco do noticiário local nos hotéis, e acabei descobrindo que  o Primeiro Ministro é do Partido Trabalhista, e uma mulher, Jacinta Ardern, 37 anos. Jeito simples, firme, voltara havia pouco de viagem à Europa. 



Causou surpresa vê-la em um jornal da TV local às 07:00 hrs da manhã (qual dos políticos manés por aqui faria isso ???), quando ela deixou claro para o jornalista que a inquiria sobre a viagem que ele, e os neozelandeses, mantivessem as expectativas baixas e realistas sobre os resultados da viagem à Europa, onde se encontrara com vários chefes de governo. 



Lembro-me que um neozelandês comentou que a Primeira Ministra, que está grávida e deverá se afastar por algumas semanas do governo, não queria receber salário neste período. A duras penas foi convencida que ela teria direito a receber seu salário durante sua licença. Quanta diferença das coisas por aqui ???!!!



Descobri também que a Nova Zelândia foi o primeiro país do mundo a assegurar o voto feminino, em 1893. Coerente, e eu via a Primeira Ministra na TV, com aquele espírito da participação feminina na política, e de uma forma séria, mesmo exemplar.

Por curiosidade, perguntei a uma neozelandesa sobre o resultado de uma eventual conversa entre ela e Donald Trump. A neozelandesa respondeu-me de imediato que seria, por certo, uma conversa muito curta !



19/05/18 - Nova Zelândia: Impressões Não Lineares de um Tupiniquim, que preferiria viver lá e ser um Kiwi


Após um voo de +- 12 horas de Santiago, Chile (depois de um voo de mais de 04 hora do Rio, e de esperar algumas horas por lá ao trocar de avião), se chega a Auckland, a cidade mais importante do país, com +- 1,5 milhão de habitantes, mas não a capital da Nova Zelândia. Esta é Wellington, no extremo sul da Ilha Norte. De Auckland a Sidney, na Austrália, são mais de 03 horas de voo. 



O diabo é que são 12 horas de voo quase na mesma latitude de Santiago, o que se traduz em uma brutal diferença de fuso horário. A Nova Zelândia está a 15 ou 16 horas (depende se há horário de verão por lá ou aqui) à nossa frente no fuso, no Brasil. Você desembarca meio torto, mas paciência. Tente entrar no fuso, o mais rápido !! Não durma, finja que você é um Kiwi, e estique as pernas pelas ruas de Auckland.



A Nova Zelândia possui menos de 5 milhões de habitantes. O país é basicamente formado por Ilha Norte, que distribui seus +- 600 km de Sudeste para Noroeste, e por Ilha Sul, que se estende por pouco mais de 600 km, de Sudoeste a Nordeste. A largura das ilhas pouco ultrapassa os 200 km, muitas vezes bem menos que isso.



A Ilha Sul, em seu eixo, possui uma cadeia montanhosa que cruza algo como 85% de seu comprimento, os Alpes Neozelandeses, que em vários pontos ultrapassa ou se aproxima dos 03 mil metros.



Os Alpes determinam o clima na Ilha Sul, pois barram os ventos e a umidade vindos do Mar da Tasmânia, e a umidade barrada pelas montanhas se precipita como chuva ou neve, e torna o clima a oeste muito mais úmido, e com uma flora bizarramente surreal, muitas vezes pré histórica.



Com estas características apetitosas e muito curiosas, e o que mais a Ilha Sul poderia nos oferecer, decidimos concentrar nossa viagem por lá !

Não nos arrependemos, ao contrário. Ficou a vontade de voltar, conhecer mais, mas também a Ilha Norte.


15/05/18 - Nova Zelândia: Impressões Não Lineares de um Tupiniquim, que preferiria ser Kiwi

Começar do Começo, do Princípio, do Início, ou quase isso... Esquece, não será assim.... Será não linear.
De qualquer modo, procurarei abaixo, mais ou menos, explicar como tudo começou...
Sempre tivemos o sonho de conhecer a Nova Zelândia... Distante, surreal, mesmo esquisita, bizarra talvez...
Quando decidimos, ano passado, um membro da diplomacia neozelandesa, Madame C., foi fundamental para o planejamento da aventura, e atuou mesmo como forte incentivadora. Suas precisas dicas foram assombrosamente certeiras.
Utilizei o Guia Visual da Folha de São Paulo, e descobri, quando cheguei à Nova Zelândia, que por ser de 2008, está MUITO desatualizado. Não recomendo.
Felizmente, e mais uma vez, Madame C. nos indicou o site 100% Pure New Zealand.
Fantástico ! Possui tudo ! Dicas do que ver e fazer, Ilhas Norte ou Sul, e em função de onde planejas ir, qual das ilhas, e quanto tempo, mais ou menos, sugere o roteiro. E, óbvio, atualizado pra valer !
E em cada cidade ou atração, abre pras inúmeras possibilidade do que fazer.
Não vá à Nova Zelândia sem tê-lo visto e desfrutado dele, e muito, antes.
Consulte-o, inclusive, durante a viagem !
Adquiri também um guia rodoviário da Nova Zelândia, pois é preciso conhecê-la dirigindo. Impossível fazê-lo sem carro ! Direção à direita, mão inglesa ??!! Esquece ! Problema ZERO !! Prefiro dirigir vendado, e de costas, na Nova Zelândia, em seus tapetes, digo, estradas, na maior parte das vezes desertas, em meio a motoristas extremamente civilizados, e eventualmente algumas ovelhas, do que aqui no Brasil, ao menos no caos do Rio.
Outras impressões não lineares seguirão...


Bistrot Chez Papa - São Francisco, EUA.

Em 2007 estive em Berkeley por uma semana para uma atividade acadêmico-profissional. Foi uma coisa bem legal, realmente. Lá, de forma maluca, fui maravilhosamente surpreendido por um casal muito mais que amigo, os pais de meu afilhado, que me fizeram uma tremenda surpresa ! Desfrutamos juntos parte do evento, da atmosfera de Berkeley com ares de anos 1960, e de dias fantásticos em São Francisco.

Descobri esta semana, revirando papéis que juncavam, esperando para serem jogados fora, o cartão de um pequeno bistrô, localizado na parte alta de São Francisco, onde jantamos numa simpática noite de sábado. Dica pega com alguém na cidade.

Foi pura diversão...A paisagem remetia aos filmes (sabem que adoro cinema) passados nas ruas de São Francisco. Algo mágico. Ao fundo, a baía de São Francisco. E boa parte da cidade se derramava em uma suave encosta, ladeiras ondulantes, prédios baixos, máximo 3 andares, ares do início do séc. XX.
Ambiente quase mágico.

A atmosfera no bistrô era muito simpática. Pequeno, comida com forte tonalidade francesa, competente, e o chef ainda nos brindou com alguns especiais fora do cardápio (acho que falamos que éramos brasileiros, e ele achou simpático fazê-lo). Ainda descobrimos uma garçonete que morara alguns anos antes em Belo Horizonte, Brasil. Momento para guardar-se, recordar, e aproveitar.

Restaurante Leite, Praça Joaquim Nabuco, 147, Recife

Estimulado por dica de amigos, fui conhecer o restaurante Leite, super tradicional, na Praça Joaquim Nabuco, 147, telefone (81) 3224-7977. Ótima experiência ! Mais antigo restaurante em operação no Brasil, fundado em 1882, as fotos que cobrem suas paredes atestam que parte da história deste país está gravada ali, e aconteceu naquele salão !



Tradicional, me saciou com competência...Um filé de garoupa com amêndoas e alcaparras, com o fechamento coroado com a tradicional sobremesa pernambucana: Cartola. Banana, queijo derretido sobre a mesma, e canela...Fiquei a imaginar quantos e quais importantes personagens tem freqüentado aquele imenso salão nestas dezenas de anos..Diria mesmo que quem for ao Recife deve ir ao Leite...Coloque em sua agenda ! Mandatório, parte de sua história..Eu voltarei, óbvio !



Mas atenção: o horário de funcionamento pode surpreendê-lo. De domingo à sexta, das 11:30 às 15:30 hrs.
 

Restaurante Nez - Pina e Casa Forte, Recife

Descobri (totalmente por acaso, ao consultar um jornal de Recife atrás de cinema !!) que perto de onde resido durante a semana útil em Recife, no Pina, há um ótimo restaurante...O Nez. Originalmente ele se instalou em Casa Forte, na Praça de Casa Forte, 314...Mas de uns 02 anos pra cá abriu filial no Pina, quase Boa Viagem. Na Rua Amazonas, 40, telefone (81) 3032-0848.


A cozinha é francesa/italiana...E o chef, há +- 01 ano, um pernambucano, Bruno Didier, que passou uns 06 anos na Espanha (antes esteve nos EUA), onde, entre outros lugares, trabalhou no El Bulli, do famoso e competente Ferran Adriá.



Ele baseia sua cozinha em produtos da terra pernambucana, mas os combina e prepara com a experiência e a originalidade adquirida na Espanha..



Há Snacks, para acompanhar drinques no bar do restaurante, e Entradas, das quais provei pedaços de queijo Prima Donna, cobertos por uma fina camada de açúcar caramelizado queimado por maçarico. Há Saladas, e Pratos Principais, dos quais experimentei um robalo assado, coberto por amêndoas, sobre risoto de açafrão...Tudo muito bom ! Não resisti, e fui às Sobremesas, das quais investi na espuma de crème brûlée com sorvete, morangos, numa combinação bem original, e gostosa !



A carta de vinhos é bem competente, recheada com muitas e várias opções, de vários países, e pra vários orçamentos, inclusive com vinhos de sobremesa, e com alguns vinhos recomendados pela Wine Spectator e Robert Parker..



O espaço é bem legal, pequeno, ótima decoração, onde se vê competência profissional....Enfim, tranqüilidade, boa cozinha, sem exageros, e bom gosto em um restaurante..Ponto pra cozinha pernambucana ! Serei obrigado, mesmo empurrado, a visitá-lo outras vezes !! Mais informações no WWW.nezbistro.com.br.
 
 Restaurante Julius Brasserie - Urca/Rio
Após descobrir o restaurante Julius Brasserie no Guia de Bistrôs do Rio, enquanto chafurdava entre livros na Argumento, depois de meu café da manhã preguiçoso das manhãs de sábado, fui à Urca, conferi o local, reservei, e voltei à noite...Valeu !

Simpático, pequeno e aconchegante bistrô, dono holandês(Julius), Rua Portugal, 986, tel (21) 3518-7117, a rua que "entra" na Urca, metros antes da antiga TV Tupi...

Há várias opções...Provei um cherne, fiquei tentado pelo cordeiro, e a costeleta de cordeiro que estão ultimando pra que entre no cardápio...Voltarei...Confesso que metade da vontade de voltar é devido à mágica da Urca..Aquele bairro bucólico, que parece cidade do interior, onde todos conhecem todos..Uma delícia, parece que à parte do resto da cidade.

Depois do jantar vi-me obrigado a caminhar na orla, até quase o Bar Urca, enquanto ouvia o marulhar das ondas, suaves a lamber a simpática orla..Quem mora na Urca tem sorte !

Restaurante Dona Irene - Teresópolis.

Comendo como os Tsares....

Ontem, 07/07, deu saudade de comer no Dona Irene, em Teresópolis, e fui lá. Conheci o restaurante Dona Irene em 1986, convidado a fazê-lo por um irmão que morava em Teresópolis. Foi uma ótima surpresa, e desde aquela época tenho visitado o local.

Agora, com a Lei Seca, foi preciso mais planejamento. Reservei um hotel em Teresópolis para a noite de sábado, e o jantar estava garantido. É preciso reservar, inclusive o prato principal.

É tudo uma deleite ! O Restaurante Dona Irene, fundado em 1964 por um casal siberiano, inicialmente foi instalado na zona rural de Teresópolis. Hoje está na cidade, em uma transversal da rua principal, na Rua Tenente Luiz Meireles, 1800, no Bairro Bom Retiro. Os telefones para as reservas são (21) 2742-2901 / 2643-3813. É preciso discar o DDD 21, pois fica em Teresópolis.

O jantar começou com diversas entradas, chamados Zakuskis, que representam uma série de frios, entre arenque, salmão defumado, patês, salada russa, várias pastas e um caviar de berinjela fantástico.

Tudo isso embalado em uma vodka caseira maravilhosa, que é derramada no copo de forma leitosa, vinda de uma garrafa em um balde de gelo. O temperatura de congelamento da vodka é inferior à água.

Depois disso, uma sopa Borscht, de beterraba e outros ingredientes, e pastéis chamados Pirozhkis. Excelente ! Em seguida (é interminável a série de pratos !), asas de frango gratinadas e suflê de berinjela. Tudo Muito Bom !

Quando pensávamos já estar saciados, o prato principal: Varênique, prato típico da Ucrânia, constituído por pastéis recheados de batata e ervas, escalopinhos de filé e cebolinhas empanadas. Pode-se escolher também Frango à Kiev, Pojarsky (almôndegas de frango cobertas de croutons), Podjarka (escalopes de filé e de frango), Filé Mignon, Caquille (souflé de peixe) e Beef Strogonoff.

Ao final, quando parecia que nada mais aguentaria, ainda encarei a sobremesa, panquecas flambadas no conhaque. Há ainda pavê e outros doces.

Enfim, com tudo regado a uma excelente vodka, uma excepcional orgia gastronômica. O dono, um engenheiro pernambucano com ótimas estórias (o casal siberiano já faleceu), visita cada mesa e esbanja simpatia. Recomendo fortemente !! Um excepcional passeio !! Uma incursão à culinária da Rússia anterior à Revolução de 1917.



Restaurante/Café Bazzar, na Livraria da Travessa em Ipanema:
Provei o café da manhã servido no Bazzar, localizado na Livraria da Travessa em Ipanema, no Rio. Eles servem café da manhã todos os dias, mas aos sábados e domingos há um café da manhã especial. Croque Monsieur, ovos mexidos cremosos, frutas, café com leite cremoso e ótimo, geléias, e muito mais, e tudo por um preço super em conta, principalmente quando comparamos com outros cafés da manhã servidos pelo Rio. Será visitado outras vezes, com certeza, incorporado aos nossos cafés da manhã aos sábados e domingos. mais detalhes no www.bazzar.com.br , (21) 2249-4977, Rua Visconde de Pirajá, 572, depois do obelisco, em Ipanema.

- Restaurante Nam Thai, Rio de Janeiro:
Restaurante de cozinha tailandesa no Leblon, na Rainha Guilhermina, www.namthai.com.br, com um grande elenco de clássicos da cozinha do Sudeste da Ásia, alguns bem codimentados. Desde o indefectível Pad Thai, até os mais insondáveis pratos. Deve ser visitado !

- Restaurante Le Vin, Rio de Janeiro:
Simpático bistrô com jeito francês na Rua Barão da Torre, em Ipanema, no Rio, que possui uma atmosfera simpática, ambiente com cara de bistrô, e onde provei um ótimo Steak Tartar e ótimas costeletas de cordeiro. Vale a visita. www.levin.com.br.


- Londres e Paris / Outubro 2010:
Minha esposa trabalharia uma semana em Londres, e combinamos passar uns dias por lá, e uns poucos em Paris. Afinal, meu aniversário se aproximava ! Valeu MUITO !

Londres e Paris....Não as visitava desde a década de 1990. E percebi, desta vez, que Londres não é melhor do que Paris, nem Paris é melhor do que Londres. Apenas diferentes, e com suas particularidades.

Hoje, gostamos (minha esposa e eu), ao viajar, de andar e procurar aproveitar o local, tentando perceber como um habitante daquele país se sente vivendo em sua cidade. Então, foi muito andar, experimentar algo da cozinha local, e, quando possível, pegar um cinema, como um nativo.

# Paris:
Visitamos loja onde compro camisas do Tintin (e suas estórias). Herói da minha adolescência. Fica no cruzamento do Boulevard Saint Michel com o Boulevard Saint Germain. No Quartier Latin, onde costumo hospedar-me. Para os fãs de quadrinhos, há várias opções. Mais informações no site www.album.fr .

# Londres:
Covent Garden exige uma visita. Este mercado, perto da estação de metrô do mesmo nome, é belíssimo, e possui uma atmosfera ótima. Fomos em um domingo e aproveitamos as atividades ao ar livre de artistas de rua que brincavam com o público. A parte interna tem arquitetura muito interessante, cheia de lojas e restaurantes.

A área em volta de Covent Garden é cheia de lojas e pequenos restaurantes. Em um deles, de inspiração do Oriente Médio, almoçamos. Descobri que por lá há uma loja com produtos do Tintin (sua fã deste quadrinho, que aproveitei em minha adolescência), no 34 Floral Street, www.thetintinshop.uk.com .

# Londres:

Minha esposa já o conhecia...Tinha boas lembranças, e fomos jantar algumas vezes no Wagamama (wagamama.com), no 40, Streatham St, perto da Russel Square. É um simpático restaurante de comida oriental, com grandes mesas comunitárias, estilo estudantil, enquanto ao fundo, em Woks, a comida é feita, à vista de todos. Muitas opções no cardápio, entre sobas, ramens, frutos do mar, entre outras. Escolhi sobas. Ambiente descontraído, serviço atencioso, vale a visita ! 


# Londres:
Após dica de vendedora de livraria na Hays Galleria, fomos atrás de uma livraria que pudesse saciar o apetite de uma imensa lista de livros que eu levava. Apesar da lista possuir uns 15 livros, imaginava comprar no máximo 3 livros. A livraria indicada pela vendedora, Foyles, http://www.foyles.co.uk/, fica no 113-119 Charing Cross Road, a rua das livrarias em Londres. É imensa, vários andares, e fiquei atordoado com tantos títulos !

Enquanto mostrava minha lista a um vendedor, e pedia, modestamente, 3 livros, ele dizia-me que lá havia outros livros de minha lista...Que desespero ! Resultado: fui a Foyles três vezes, e lá parecia uma criança, tantos os títulos em suas prateleiras. Comprei mais de 10 livros, e ainda saí com vontade de comprar mais. Para aqueles que gostam de leitura e livros, obrigatória a visita a Foyles !

# Londres:
Em um passeio de sábado, procurei encontrar um galpão de docas, na margem sul do Tâmisa, que havia conhecido em 1992. Descemos na estação de metrô Monument e cruzamos a London Bridge. Andamos na direção da Tower Bridge e chegamos, em pouco tempo, ao destino procurado: a Hays Galleria  http://www.london-se1.co.uk/places/hays-galleria .

Um galpão portuário reformado, que abriga lojas, restaurantes e cafés, na Tooley Street, à margem do Tâmisa, perto do cruzador HMS Belfast. É extremamente bonita e simpática. Resolvemos comer algo no Café Rouge http://www.caferouge.co.uk/location/hays-galleria , e foi uma ótima experiência. Uma lanche/almoço e uma cerveja para relaxar.

O galpão merece uma visita, e está localizado perto da Tower Bridge, da Torre de Londres e de algumas interessantes e modernas construções. Aproveite e dê uma chegada até a Saint Katharine's Docks, uma simpática marina onde estão atracados diversos barcos de passeio.


# Londres:
Hospedamo-nos em South Kensington, junto à Cromwell Road, perto do Museu Geológico, onde minha esposa trabalharia. South Kensington é um belo bairro. Entre Kensington Gardens (ao norte) e o bairro de Chelsea, ao sul, possui casas muito bonitas e uma atmosfera muito simpática.

Chelsea, que também visitamos, é bem legal, e percebemos que é um bairro onde circulam dinheiro e luxo em Londres. Lojas caras, gente bonita e elegante, agradáveis restaurantes, ruas quase exclusivas, um ambiente com um ar, digamos, "very british". E pensar que a Inglaterra, no passado, possuía uma péssima comida. Óbvio que vieram várias redes de comida de outros países, como cafés e restaurantes franceses. E esta invasão positiva funcionou como um catalisador que impulsionou, também, a cozinha local.

Descobrimos esta rede de padarias francesas, felizmente também instaladas em Londres, procurando um local para tomarmos nosso café pela manhã (nosso hotel estava muito tumultuado neste dia).
Foi uma sorte !! Croissants maravilhosos, tartelettes sensacionais, e onde conheci (ou melhor, fui apresentado a) o café Flat White, um expresso (no caso, duplo), como um pouco de leite fervido em cima. Estupendo !!
Também vimos filiais em Paris. Eles possuem filiais em vários países do mundo. Agora é torcer pro Paul abrir uma filial no Rio !!
# Londres - Prêt a Manger (http://www.pret.com/ ):
Andando por Londres, logo em meu primeiro dia, descobri esta rede. Conversando com funcionários, descobri que somente o nome é francês. Puro marketing ! A rede é inglesa.
Ótimos sanduiches, saladas, sopas, parada obrigatória em nossas andanças por Londres. E eles também tem o maravilhos Flat White !!
Londres possui inúmeras filiais. Você vai esbarrar em uma delas !

# Londres - Museu da RAF (http://www.rafmuseum.org.uk/london/ ):
Localizado no Aeródromo de Hendon, em Colindale, pode ser alcançado facilmente de metrô. Pegue a Northern Line do metrô, na direção norte, vindo da estação Leicester e desça na estação de metrô Colindale. 10 minutos a pé, e você chegará ao museu. Bem sinalizado e pergunte, caso necessário. É bem fácil.

Para aqueles, como eu, que são apaixonados por história e aviação, é o paraiso !! Considerando a II Guerra Mundial, então, com todos aqueles aviões e detalhes sobre a Batalha da Inglaterra, fantástico !

Spitfires, Hurricanes, Tempest, Typhoons, Lancaster, Halifax, Mesherschmit 109, Stukas, Phantom, Tornados, Harriers, a lista é imensa !!

Impressiona ver aqueles aviões sensacionais de perto, ver a própria história ao seu lado, além de inumeráveis informações sobre os pilotos, os caças e os bombardeios da RAF. É espetacular...Só faltou voar com alguns daqueles estupendos aviões, movidos, no caso dos Spitfires, por motores Rolls Royce. Imperdível !!!
# Londres - Imperial War Museum ( london.iwm.org.uk ) :
Perto da estação de metrô Lambeth North (na linha Bakerloo), também perto da estação de trem Waterloo, o museu, pra mim, um amante de história, história da II Guerra Mundial e outros conflitos, reúne muita coisa interessante.
Há equipamentos, como aviões, tanques das I e II Guerra Mundiais, uma réplica das trincheiras da I Guerra, no front ocidental, conflitos após a II Guerra Mundial, com muita informação, equipamentos, armamentos, detalhes sobre a Blitz em Londres (bombardeios sobre Londres em 1940/41), enfim, um universo de coisas para se fartar de história de conflitos.
Perdi (melhor, ganhei) muitas horas de uma tarde por lá. Há muito a ver e merece a visita, pros aficionados de história de conflitos, principalmente I e II Guerra Mundiais.


- Toscana / Itália - Fevereiro/Março 2010:

Após meditarmos muito sobre para onde viajar, minha esposa e eu resolvemos, pela limitação de quando seria possível ir e aonde poderíamos viajar (Brasil, exterior, neve, distância, teríamos 2 semanas etc.), que iríamos para a Toscana.

Ambos já haviam passado por lá há anos. Minha esposa e eu, que à época não nos conhecíamos, estivemos em Florença (eu) e Florença e Pisa (minha esposa). Mas sabíamos que a Toscana exigia ser vista, com mais detalhes. Vários relatos apontavam como uma região belíssima. Resolvemos, então, por ela. Toscana !!

Após consultar um agente de viagem, descobrimos que há um vôo da Air France, Paris x Florença, que sai de Paris um pouco depois da chegada de um vôo que chega do Rio, onde moramos. Chegaríamos em Paris às 08:00 hrs, e +- às 10:30 pegaríamos um vôo direto para Florença. Lá chegaríamos +- às 12:00 hrs. Ótimo, seria isso então !

Alugamos também um carro. A idéia era chegar em Florença, passar um dia, e na manhã seguinte pegar o carro e começar a rodar pela Toscana. Primeiro, Siena, onde ficaríamos 4 dias dias. Visitaríamos a região em volta de Siena. Depois iríamos a Lucca, que serviria de base, e rodaríamos pela região. E por último iríamos a Arezzo, que serviria de base para visitar a região próxima e, também, dar uma escapada até a Úmbria. Voltaríamos para Florença e no dia seguinte pegaríamos o vôo Florença x Paris, e de lá pro Rio.


# 25/02/10 - Rio x Paris x Florença
Pegamos um vôo da Air France, que sairia na tarde do dia 25/02 do Rio. Acomodamo-nos nas nossas apertadas poltronas e aguardamos a decolagem para Paris, a primeira "perna" da viagem. Nos últimos minutos antes das portas serem fechadas, eis que surge aloprado passageiro que senta, Lei de Murphy, ao meu lado !!!

O cara falava sozinho, visivelmente alterado, algo como uma língua russa ou de alguma ex-república soviética, enquanto bebia 02 latas de Red Bull e uma de cerveja. A tripulação o repreendeu, tirou a cerveja de sua mão. Eu levantei e comentei com o chefe dos comissários que não cruzaria o Atlântico ao lado daquele problemático passageiro. Ele me convidou para a primeira classe, mas somente havia um lugar vago. Informei-o que viajava com minha esposa, e ele nos solicita que abandonemos nosso lugar original e nos leva para 02 poltronas vagas na parte superior da aeronave, um 747.


# 26/02/10 - Chegada a Paris e Vôo para Florença
Após um vôo desconfortável (viajava entre 02 corpulentes e espaçosos britânicos), enquanto minha esposa viajava uma fila atrás da minha, chegamos a Paris (+- 08:00 hrs) e nos deslocamos para o terminal onde embarcaríamos para Florença. Lá embarcamos pouco depois das 10:00 hrs em um vôo regional que, após 1 hora e meia, chegaria a Florença. Não havia teto para pousar em Florença, e o tráfego aéreo impediu o pouso em Pisa. O comandante desviou a aeronave para Bolonha, onde pegamos ônibus fornecido pela Air France e, 01 hora depois, chegamos a Florença. Primeira parte da viagem, digamos, um pouco tumultuada...


# 26/02/10 - Enfim em Florença !!
O ônibus nos deixou no aeroporto de Florença. Pegamos um taxi, e +- 2o minutos depois chegamos ao nosso hotel, Hotel Paris, Via dei Banchi 2, http://www.parishotel.it/. Confortável, e super central, a metros do Duomo. Largamos as coisas no hotel e fomos passear por Florença. Fomos à praça do Duomo e todos os monumentos e igrejas belíssimas. As ruas, fantásticas. Uma cidade museu !! Mas a Toscana nos reservava outros espetáculos belíssimos !!

Fomos até a Ponte Vecchio, e atingimos o rio Arno. Cara, aquilo é demais !! Aquela atmosfera, o dia acabando, o Arno, mágico ! Ficamos rodando pelas ruas de Florença, até o dia acabar, quando o cansaço da viagem nos venceu, e voltamos pro hotel.

À noite, cansados e famintos, fomos a um restaurante em frente ao hotel, na mesma rua, chamado "Alla Griglia" (Via dei Banchi, 25, http://www.allagriglia.com/) . Simpático, simples, comida gostosa e justa. Massa e carnes à moda local. Matou nossa fome !! Fomos passear pelas ruas à noite, e voltamos pro hotel, pra dormir uma noite plena de satisfação. A viagem começava, e bem !!


# 27/02/10 - Florença.
Esse dia foi dedicado a flanar pela cidade, enquanto nos acostumávamos a nossa temporada na Toscana e nos preparávamos ao início de nossa viagem pela região.

Após um substancial café da manhã no hotel, demos uma chegada na Piazza Di Santa Maria Novella, belíssima e com imenso jardim, muito perto do hotel, coroada ao fundo pela igreja Santa Maria Novella.

Continuamos nossa caminhada, pois pretendíamos descobrir onde era a locadora de automóveis, onde pegaríamos nosso carro na manhã seguinte e iniciaríamos nosso passeio pelas estradas toscanas, na direção de Siena.

Localizamos a locadora, quando também verifiquei a existência de um restaurante japonês. Oba !! Teríamos que voltar lá, hoje ou quando retornássemos a Florença, na devolução do carro.

Missão cumprida e locadora achada, seguimos para nosso primeiro objetivo: Palazzo Pitti, do outro lado do Arno. No caminho fomos curtindo a beleza das ruas e construções de Florença, uma verdadeira cidade museu.

Chegamos às margens do Arno, onde procuramos novamente apreciar a imagem do rio caudaloso e das pontes que o cruzavam. Cruzamos por uma delas, verificando se eventualmente seria aquela a cruzar na manhã seguinte, após pegar o carro. Voltamos à margem norte.

Seguimos pela margem norte até a Ponte Vecchio, cruzada em meio a uma multidão, e após o que seguimos para o Palazzo Pitti, no lado sul do rio Arno.


Após cruzarmos a Ponte Vecchio, seguimos na direção do Palazzo Pitti. Dedicamo-nos a visitar seus jardins, e percorremos seus limites, apreciando uma vista da outra margem de Florença, com o imponente Duomo a se destacar. Perfeita vista ! Florença, uma verdadeira cidade museu.

Após muito caminhar, escolhemos um lugar nas proximidades do Palazzo Pitti para almoçar. Almoçamos, enquanto aproveitávamos para apreciar as construções belíssimas que nos cercavam, enquanto dezenas de turistas percorriam as ruas ao redor.

Retornamos, então, ao nosso hotel. Dormimos uma justa soneca e acordamos mais tarde para jantar. A fome apertava ! Voltamos ao simpático lugar onde havíamos jantado na noite anterior. Não nos arrependemos. Após muito comer e um vinho tomar, nos dedicamos a passear pelas ruas na noite de Florença. Andamos razoavelmente e voltamos para o hotel. Uma noite de sono nos aguardava. No dia seguinte, pegaríamos o carro na locadora e nos dirigiríamos para Siena, nossa próxima parada na Toscana.


# 28/02/10 - Florença x Siena:
Tomamos nosso café, fechamos a conta do hotel, e fomos à locadora pegar o carro já alugado. Após entregarmos a documentação necessária, fomos à garagem para o carro. Um Lancia, quase igual ao Fiat Ideia. Parecia que serviria muito bem. Analisamos a dica da funcionária da locadora, saímos da garagem e rumamos pro sul da cidade. Cruzamos o Arno, continuamos rumo ao sul, e rapidamente identificamos a estrada para Siena.

Estamos na estrada para Siena ! Uma rodovia com pista dupla, viagem super tranquila. À direita, a caminho de Siena, identificamos Monteriggioni, cidade murada, alvo de uma visita. Um pouco depois havia uma saída à direita para Siena. Saimos, passamos por baixo da rodovia e fomos para a esquerda da mesma. Entramos em Siena. Após tatearmos atrás das indicações, perguntei em uma banca de jornal e achamos facilmente o hotel. Chegamos a Siena !

O hotel era bem legal, uma construção antiga, mas reformada. Hotel Garden, Via Custoza 2, tel (39) 0577 567111, http://www.gardenhotel.it/ . Ótima indicação de nosso agente de viagem. Largamos as bagagens no hotel e rumamos para Siena velha. Mais ou menos um quilômetro depois, chegamos à Siena Velha, murada. Agora, rumo à praça central !

Após uns 15/20 minutos, lá chegamos. É chamada Piazza Del Campo, onde ocorrem as famosas corridas de cavalo. A praça é fantástica, assim como as construções à volta. A Fonte Gaia, perto de onde entramos na praça, é belíssima. Atravessamos a praça e identificamos a construção mais alta. Lá tentaríamos chegar, para visualizar toda Siena. E o fizemos. Subimos na Torre del Mangia. A visão de lá é indescritível ! Aproveitamos para apreciar a vista em todo seu redor. A praça, então, vista do alto, era impressionante !

Descemos, e resolvemos circundar toda a praça, em seu anel externo. Aquela confusão arquitetônica, os campos em volta, tudo muito bonito. E como tudo é preservado ! Seguimos, então, para o Duomo, e resolvemos nos perder nas ruas próximas. Intoxicante !

Com a Siena antiga gravada em nossas retinas, voltamos ao hotel. A fome chegara, e jantamos por lá. No dia seguinte, San Gimignano nos aguardava !

# 01/03/10 - Passeio até San Gimignano e outros Destinos:
Após conhecermos Siena, estávamos decididos a visitar a famosa San Gimignano.
Após o café da manhã em nosso hotel em Siena, pegamos a estrada principal, que liga Siena à Florença, e seguimos rumo ao norte, para nosso destino, San Gimignano. Perto de meia hora após Siena, saímos da estrada em Poggibonsi, que ficava à esquerda.

A estrada, após passar por Poggibonsi, serpenteia e começa uma leve subida até San Gimignano. Ao longe identificávamos suas mágicas torres. Após subir até a cidade, estacionamos ao lado das muralhas de San Gimignano e iniciamos nosso passeio pelas mágicas ruas da cidade.

Chamar San Gimignano de cidade chega ser ofensivo. Cercada de um muro e coroada por torres internas ao muro, a cidade, lindamente preservada, é maravilhosa. Trilhamos cada ruela, cada pedacinho de San Gimignano naquela manhã, cada vez mais maravilhados com a beleza do local e impressionados com a preservação daquele verdadeiro patrimônio da humanidade. Que diferença das nossas cidades e monumentos deixados ao abandono !!

A vista de San Gimignano também é belíssima, pois a mesma se situa no topo de uma elevação que domina a região.
Cada vez que andávamos na cidade ficávamos mais encantados e ao mesmo tempo certos que tínhamos feito uma ótima escolha: conhecer a Toscana.

Após o meio dia saímos da cidade e rumamos para Colle di Val d’Elsa, a poucos quilômetros de San Gimignano. Paramos algumas vezes enquanto nos afastávamos da mesma para vislumbrá-la e pudemos desfrutar de uma imagem mágica, de uma pequena cidade quase medieval, crivada de torres (talvez cinco, não me recordo), que apontam para o céu. Um belíssimo espetáculo !

Chagamos a Colle di Val d’Elsa, e após estacionarmos nosso carro na entrada da cidade, a percorremos com tranqüilidade. Mas San Gimignano a eclipsa em beleza, por certo !

Voltamos à estrada, agora rumo ao sul, de volta à Siena, e objetivando parar em Monteriggioni, um vilarejo murado. Ao longe, da estrada, apresentava imponentes muralhas que exigiam a nossa visita. Tal o fizemos. Simpática, mas menos do que a vista da estrada prometia. Satisfeitos e transbordando de belas imagens e experiências, retornamos à Siena por uma estrada secundária. Belíssimo passeio, belíssimo dia ! Restava descansar e jantar em Siena, intoxicadas por aquele dia mágico.
# 02/03/10 - Passeio na Região de Siena, Dica de Funcionário do Hotel em Siena:
Após nosso café da manhã em nosso hotel em Siena, funcionário do hotel nos sugeriu um passeio pela região a leste e ao sul de Siena. Seguimos sua dica e foi maravilhoso !

Saímos de Siena, sempre com o carro que alugáramos, e pegamos a estrada para Arezzo, uma saída a sudeste de Siena. Após a saída à direita para Abbadia, pegamos, logo depois, uma estrada secundária, também à direita, na direção de Taverne d’Arbia. Seguimos na mesma estrada na direção de Asciano.

A estrada era fantástica, é o mínimo que posso dizer ! Na maior parte do tempo serpenteava suavemente na crista de colinas, enquanto, à direita e à esquerda colinas verdejantes eram coroadas em seus topos por típicas propriedades toscanas. O caminho para cada uma destas propriedades era ladeado por ciprestes toscanos. O dia era ensolarado e aquela paisagem representava aquilo que tínhamos em nosso imaginário como a verdadeira Toscana. Campos verdes, ondulados, e ponteados de casas toscanas, cujo acesso era realizado por pequenas estradas ladeadas por ciprestes. Maravilhosamente toscano ! Eu tinha ido pra lá pra ver isso !

Na entrada de Asciano, pegamos uma estrada à direita, na direção da Abbzia di Monte Oliveto Maggiore. O acesso foi complicado, pois desabamentos haviam impedido a chegada de carros, de nossa direção, até a abadia. Para nossa sorte, encontramos um monge que se dirigia à abadia, a pé. Inacreditavelmente descobrimos que ele havia estado no Brasil, em São Paulo. Indicou-nos o caminho a ser seguido a pé. Deixamos o carro na beira da estrado e o fizemos. A abadia é interessante, mas não possui nenhuma característica especial, exceto estar no meio de uma região montanhosa e extremamente arborizada.

Após visitar a abadia, seguimos até Buonconvento, para depois alcançarmos Montalcino. Bela visita ! No topo de uma colina (lugar comum na região), acesso por uma estrada serpenteante, muito simpática e com uma maravilhosa vista. De lá seguimos até Pienza, muito bonita, e cujo acesso é rodeado de uma excepcional paisagem. Após a estrada tipicamente toscana, no início do dia, foi o ponto alto do passeio.

A cidade é extremamente charmosa, no topo de uma colina, com aquelas típicas habitações, muitas delas de pedra, muito antigas, mas extremamente bem preservadas. Após conhecer a cidade, voltamos na direção de Montalino, e pegamos a estrada R2, à direita, de volta a Siena.

# 12/03/10 - Florença – Take Off – Florence Korea Film Fest 2010: Coreia do Sul, direção Kim Yong-Hwa. Divertido filme de ficção sobre a montagem e as primeiras competições oficiais da equipe de salto em esqui da Coréia do Sul, montada com a iniciativa de um coreano adotado e criado nos EUA. Baseado em fatos reais.

Mas agora vamos ao divertido do fato. Chegando a Florença em 26/02/10, eu e minha esposa, que iríamos passar 15 dias na Toscana, sabíamos que havia um cinema em Florença onde eram passados filmes na língua original, não falados em italiano (do qual não entendo nada). Na Itália os filmes são comumente passados em italiano, não legendados. Eis minha esperança de curtir minha paixão cinéfila.

Chegando ao cinema na tarde de 26/03 (Cinema Odeon, Florença), descobrimos que o filme veiculado já havia sido visto por nós no Brasil. Paciência, quando retornássemos a Florença, em 12/03, tentaríamos de novo.Em nosso retorno, fomos ao Odeon, quando verificamos, para nossa decepção, que naquele dia começaria um festival do cinema Coreano.

O que fazer ?? Caso fosse falado em coreano, nada entenderíamos !! Minha esposa insistiu, e perguntei no cinema a alguém, com traços orientais, se haveria legendas em inglês. Sim, ela respondeu-me. Meus olhos brilharam !!

Porém, a organização do evento nos disse que a primeira noite seria somente para convidados...Decepção de novo...Minha esposa e eu argumentamos que voltaríamos para o Brasil no dia seguinte, não seria possível ver outras seções do festival senão naquele dia. Afirmamos que eu era cinéfilo, louco por cinema etc.Um rapaz da organização gentilmente nos disse, então, que voltássemos às 21:00 horas, procurássemos por ele, que ele veria o que poderia fazer.

Assim procedemos. Procuramos ansiosamente o rapaz da organização às 21:00 horas, e ele, nos vendo, veio até nós e disse-nos que conseguiria dois convites. Assim o fez, e foi fantástico, como o fechamento sensacional de nossa viagem à Toscana ! Uma belíssma exibição, somente para convidados, em uma sala de cinema/teatro belíssima, em Florença !




- Bar do Adão:
Frequento, eventualmente, o Bar do Adão de Botafogo. É na Dona Mariana, quase na Voluntários. Tem pastéis ótimos, bem gostosos, chopp, outras bebidas, e está situado em uma simpática casa. Nesses tempos de lei seca (que eu apóio 200%), pra mim é uma ótima solução, pois vou a pé de casa. Endereço e telefone: Rua Dona Mariana, 81, Botafogo, tel. 2535-4572. Possui site: http://www.bardoadao.com.br/botafogo/pasteis.htm




- Shin Miura - Restaurante Japonês no Rio:É um excelente restaurante japonês no centro do Rio, no edifício Avenida Central, 3o andar (suba de escada rolante). Simples, mas com ótima comida tradicional japonesa (sou fã da marmita japonesa), além de investidas muito imaginativas do chef Nao Hara. Ótima pedida para quem trabalha no centro do Rio. Fica lotado no almoço ! Chegue cedo, perto do meio dia. Mais informações, http://www.restaurantesjaponeses.com.br/shin-miura .


- Paris - Restaurante Chez Hanafusa:Este simpático restaurante japonês em Paris eu jamais esqueci ! É uma modalidade de japonês que associa chapa aos tradicionais sushis e sashimis. Estilo Benihana. Foi descoberto em uma andança pela cidade, ao examinar a Pariscope. Pariscope é uma popular revista semanal parisiense, achada em qualquer banca, com dicas que vão de cinema a restaurantes. Foi lá também que descobri um universo de salas de cinema na cidade, o que, como cinéfilo, foi soberbo. Item fundamental pra saber o que há na cidade.

O restaurante fica em uma pequena travessa do Boulevard Saint Germain, perto da igreja Saint Germain de Près. O endereço: 4 Passage Petite Boucherie, 75006 Paris, +33 1 46 33 78 61.
A chapa, onde saltavam coquiles saint-jaques e outras delícias, extasiava. A habilidade com facas e cutelos de quem preparava tudo aquilo impressionava ! Havia também, em 1999, um simpático labrador que circulava no restaurante. Foi uma refeição deliciosa, que convidou-me a preguiçosamente arrastar-me de volta ao hotel. Vale uma nova visita !


- Cafeína - Rio:
Tenho ido à Cafeína (http://www.cafeina.biz/home/index.aspx) no Rio Design Leblon, Rua Ataulfo de Paiva, quase esquina com a Av. Afrânio de Melo Franco, para tomar meu café da manhã, normalmente aos sábados, mas eventualmente domingos e feriados. Tomo um café da manhã básico e delicioso, com café com leite, croissants e baguetes. O café com leite é dos melhores que conheço, e as baguetes e croissants, excelentes. Ótimo para começar o dia com prazer e relaxado. Caso o dia esteja muito quente, não importa ! O arcondicionado do Rio Design não deixará você suar. Depois, pode flanar à vontade pelas ruas do Leblon, caminhar na praia, ou, o que prefiro fazer, se perder entre os livros da Livraria da Travessa no Shopping Leblon .


- Bar Urca - Rio:
Localizado na Urca, bairro do Rio de Janeiro, a metros da Fortaleza de São João, possui algumas características que valem à pena: pega-se cervejas, pastéis, bolinhos, casquinhas, caldinhos, e em um final de tarde, atravesse a rua e sente/se apóie na amurada à beira do mar. Saboreie tudo enquanto o dia acaba e você ainda se delicia com a paisagem sensacional do Rio, Baía da Guanabara, Corcovado etc. Mais detalhes no http://www.barurca.com.br/.

- Torres Del Paine (Chile) e El Chalten (Argentina) - 2005/6:
Ambos, http://www.torresdelpaine.com/ e http://www.elchalten.com/ situam-se no extremo sul da patagônia, quase na mesma latitude. Podem ser alcançados via Puerto Natales (Chile) ou El Calafate (Argentina). A visita a ambos deve ocorrer no verão, mais ou menos entre os meses de novembro e fevereiro. No resto do ano, alguns hotéis fecham, e a neve pode impedir o acesso. A paisagem de ambos é inacreditavelmente bela. Paisagens desérticas e as montanhas andinas nevadas. No mundo podem existir paisagens tão belas. Mais, impossível !!

No meu caso, fizemos, eu e minha esposa, o seguinte trajeto, o qual recomendo: pegamos um vôo até Buenos Aires, onde pernoitamos. No dia seguinte, ainda de madrugada, pegamos um vôo até El Calafate, que durou toda manhã, onde alugamos um carro (no caso, um Gol). Seguimos para Torres Del Paine. Saimos de Calafate +- 13:00 hrs e chegamos a Torres +- às 19:00 hrs. Nesta época, naquela latitude, anoitece entre 22:30/23:00 hrs. A temperatura máxima atinge 20 graus, e à noite pode cair para +- 5 graus. As Torres ficam dentro de um parque nacional. O carro foi fundamental, pois os deslocamentos dentro do parque para os passeios são grandes. Hospedamo-nos na Hosteria Lago Pehoé (www.pehoe.com/), bem central, com uma visão estupenda das montanhas no parque, no caso os Cornos, em uma ilhota em um lago andino. Creio ser fundamental hospedar-se dentro do parque, para otimizar e viabilizar os passeios. Há outras opções de hospedagem, mas achei essa mais interessante, pois é central no parque. Achamos, ainda, fundamental o aluguel de um carro, pois viabilizou os deslocamentos e a alternativa por vãs é muito cara. Há várias caminhadas no parque. Fomos até a base das Torres, um dia inteiro de caminhada, bem cansativo, mas a vista final das Torres vale à pena ! Pode-se ir ao Lago Grey, com geleira. Ou pode-se, por exemplo, circundar as montanhas no parque, com belíssimas paisagens. Há um passeio de barco no lago Grey até as geleiras. Há, também, uma trilha circundando os Cornos pelo Vale del Francês. Outros passeios poderiam ser feitos pelas montanhas, mas selecionamos algums, pois ainda iríamos a El Chalten. Mais uma vez, é fundamental o carro para o deslocamento dentro do parque, além da hospedagem no próprio parque. Puerto Natales fica muito longe.

Deixamos o hotel em uma manhã e seguimos para El Chalten. Mais ou menos 01 dia de carro. Chegamos lá ao final da tarde. Estrada de terra (no Chile), e terra e asfalto (na Argentina). Hoje, na Argentina, creio que a estrada está totalmente asfaltada. Diferentemente de Torres Del Paine, El Chalten é uma pequena cidade. Há várias opções de hospedagem. Desde as mais caras até albergues (há muitos mochileiros). Também diferentemente de Torres, pode-se deixar o carro no hotel e seguir para as trilhas e caminhadas a pé. Fizemos alguns passeios e caminhadas, dos quais destaco a ida até a base do montanha Fitz Roy (nevou à noite na base, quando fomos), ida à base do Cerro Torre e a ida de barco até a geleira Viedma. Na chegada do passeio havia ainda uma vantagem sobre Torres Del Paine. A cidade oferecia várias opções de restaurantes. E o maravilhoso sorvete de doce de leite. Mas nas caminhadas em Torres e El Chalten deve-se levar um lanche para o dia, pois são trajetos de várias horas. Retornamos após a El Calafate, onde em uma tarde visitamos as geleiras de Perito Moreno. Impressionantes ! Mas confesso que não há mais nada a fazer em Calafate. Ao fim do dia embarcamos de avião de volta a Buenos Aires. E, no dia seguinte, voltamos ao Brasil. Mais 02 últimas informações: planeje, pelo menos, de três a quatro dias para cada local - Torres e Chalten. E, no aspecto financeiro, a Argentina foi à época (continua hoje, 2009) bem mais barata que o Chile.

- Lençóis / Chapada Diamantina (Bahia): 
A aproximadamente 400 km de carro de Salvador, a Chapada Diamantina possui paisagem bem diferente (e muito bonita) do restante do Nordeste, formada por chapadas, montanhas e vales. Há uma infinidade de passeios a fazer (Pai Inácio, Cahoeira da Fumaça etc.). Lá chegando, não é necessário usar carro. As empresas que organizam as excursões o levarão em carro próprio. E há várias pousadas em Lençóis. Para caminhar e relaxar ! Dizia, quando morava em Salvador, que chegar a Lençóis era como ligar o fio terra, e todas as tensões eram descarregadas. Era, realmente !!