1 – Opiniões; 2 - Cinema: O Que Este Blogueiro Viu desde Outubro 2010 ! 3 – Cinema: O Que Este Blogueiro Viu até Outubro 2010 ! 4 – Relação de Clássicos do Cinema; 5 – Informações e Links sobre Opções Reais, Metodologia que Começa a Ser Aplicada para Avaliação de Empresas e Projetos; 6 – Relação de Livros Recomendados; 7 – Lugares, Onde Você Encontrará Viagens Interessantes, e Até Onde Comer;
segunda-feira, 28 de março de 2011
CINEMA: O QUE ESTE BLOGUEIRO VIU ATÉ OUTUBRO 2010 !
- Feliz que minha Mãe Esteja Viva (Je Suis Heureux que ma Mére Soit Vivant): Regular. Ficção - inspirada em uma estória verídica - de Claude Miller a Nathan Miller, França, 2009. Filho adotado procura sua mãe. A estória poderia ser mais bem contada. - O Retrato de Dorian Gray (Dorian Gray): Regular a Bom. Ficção, Reino Unido, 2011, de Oliver Parker. Refilmagem de um clássico, baseado na obra de Oscar Wilde, faz uma boa reconstituição da época, mas o ator principal, que representa Gray (Ben Branes), não tem o peso que o papel exige. - Não me Abandone Jamais (Never Let me Go): Regular a Bom. Ficção, Reino Unido/EUA, 2010, de Mark Romanek. Estória curiosa sobre crianças que crescem juntas em orfanato, mas com propósitos que determinam suas vidas adultas. Proposta curiosa, mas que poderia imprimir mais ritmo ao roteiro. - O Sequestro de um Herói (Rapt): Bom a Muito Bom. Ficção, França, 2009, de Lucas Belvaux. Estória de um tenso sequestro na França, onde a vida do sequestrado, um executivo, é paulatinamente revelada, e cujo desfecho é imprevisível. - Jogo de Poder (Fair Game): Bom a Muito Bom. Ficção, baseada em história real, de Doug Liman, EUA, 2010. A história de agente da CIA, cuja identidade é revelada por membros do executivo do Governo Bush, durante a invasão do Iraque em 2003, para atingir seu marido, que havia desmentido informações sobre compra de urânio pelo governo de Saddam. Sean Penn (sempre engajado) e Naomi Watts em ótimas atuações. O filme vale pelo histórico desta (entre muitas) atitude covarde do Governo Bush para tentar validar a invasão do Iraque em 2003. - Cópia Fiel (Copie Conforme): Regular a Ruim. Ficção, França/Itália/Irã, de Abbas Kiarostami, 2010. Por mais que simpatize com Kiarostami, de quem já vi belos filmes, quase fui embora antes de acabar. O roteiro beira o enfadonho e o filme se arrasta em diálogos chatos. - Em um Mundo Melhor (Haeven): Muito Bom. Suécia/Dinamarca, 2010, de Susanne Bier, ficção. Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2011, passado entre a África e a Dinamarca, com características do movimento Dogma. Estória onde a violência produz mais violência, em uma infindável espiral. - Lope: Bom. Brasil/Espanha, de Andrucha Waddington, ficção. Interessante e bem cuidada produção sobre a vida do dramaturgo e do poeta espanhol Lope de Vega. A reprodução da época na Espanha foi bem sucedida. Importante trazer à luz a vida deste curioso e destacado personagem, dramaturgo e poeta com imensa produção, que viveu entre os séculos XVI e XVII. - Quando Voam as Cegonhas (The Cranes are Flying): Muito Bom. União Soviética, 1957, ficção, direção de Mikhail Kalatozov. Ganhador da Palma de Ouro em Cannes, apresenta belíssimas imagens e enquadramentos, gravado em preto e branco, em estória ambientada na II Guerra Mundial, na União Soviética. Respirava a atmosfera do pós morte de Stalin, após a extrema repressão que caracterizou o período stalinista. Visto em DVD. - Incêndios (Incendies): Muito Bom. Ficção, Canadá, 2010, de Denis Villeneuve. A violência do Oriente Médio é trazida às telas, com o sectarismo dos grupos religiosos se traduzindo em extrema violência. O espectador identificará o Líbano. - Trabalho Interno (Inside Job): Muito Bom. Do diretor Charles Ferguson, documentário, EUA, 2010. Ferguson, que já nos havia presenteado com "No End in Sight", o excelente documentário sobre a invasão do Iraque em 2003, traz uma bem estruturada explicação e depoimentos esclarecedores sobre a crise financeira de 2008. Faz revelações que impactam, como um pouco ético relacionamento de instituições acadêmicas (Harvard, Columbia/NY) com o mercado financeiro, e as pífias providências de Obama para regular o setor. Em tempo: a crítica do "O Globo" (A.M.) deve fazer melhor o dever de casa. - Desconhecido (Unknown): Bom. EUA/Alemanha/Reino Unido/França, 2011, de Jaume Collet-Serra, ficção/suspense. Liam Neeson com muito bom desempenho, em trama ancorada em roteiro que sonegará até o final do filme os detalhes do quebra-cabeça. - 127 Horas (127 Hours): Regular a Bom. Ficção, baseada em história real, de Danny Boyle, EUA, 2011. A história de superação impressiona, mas o roteiro deixa a desejar. Faltou mais dinamismo... - Bravura Indômita (True Grit): Bom. Ficção, EUA, 2010, irmãos Coen. Divertida refilmagem do clássico de Western de 1969, com John Wayne. Apresenta ótimas atuações de Jeff Bridges, que já atuara com os Coen, e da menina Hailee Steinfeld. - O Mesmo Amor, A Mesma Chuva (El Mismo Amor, La misma Lluvia): Bom. Ficção, Argentina, 1999, de Juan José Campanella. Filme visto no festival sobre Ricardo Darin, no Rio de Janeiro, reúne os 02 protagonistas do "Segredo dos seus Olhos", Darin e Soledad Villamil. Acompanha os dois durante os anos 1980 e 1990, em Buenos Aires, com drama e humor. Mas não é o melhor de Darin. - O Vencedor (The Fighter): Regular a Bom. Ficção, EUA, 2010, David O. Russel. Baseado em história real, possui boas atuações. Mas, para mim, uma história sobre boxe (de que ñ gosto) é um pouco enfadonha. - O Discurso do Rei (The King's Speech): Muito Bom. Ficção, Reino Unido e Austrália, 2010, de Tom Hooper. É um filme de atores, e eles dão um show nas telas, especialmente o australiano Geoffrey Rush. Ao fundo, a história, em um dos seus mais dramáticos momentos. - Cisne Negro (Black Swan): Muito Bom. Ficção, EUA, Darren Aronofsky, 2010. Ótimo roteiro, que captura a atenção e mantem a tensão até o último segundo. Natalie Portman apresenta excelente desempenho, o que muito contribui para a tensão e o resultado do filme. - Lixo Extraordinário: Muito Bom. Documentário, Brasil, 2010, de Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley. Retrato do lixão de Gramacho, Rio de Janeiro, onde ação do artista Vik Muniz promove excepcional trabalho, com ótimos resultados para a comunidade de catadores do lixão. - Um Lugar Qualquer (Somewhere): Fraco a Regular. Ficção, Sofia Coppola, EUA, 2010. Não dá pra entender a comoção nem as indicações que o filme recebeu. A estória é vazia e o roteiro não prende. Deve ser o nome Coppola.... - Inverno da Alma (Winter's Bone): Bom. Ficção, de Debra Grenik, EUA, 2010. Interessante estória, em produção barata, que mostra Estados Unidos pouco conhecido, mesmo sombrio. Ótimos atores. - Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas: Ruim. Espanha/França/Alemanha/Reino Unido/Tailândia, 2010, ficção. Prêmio de melhor filme em Cannes este ano. Deve ser a mania de Cannes de premiar o inusitado. Possui linguagem pessoal, confusa e entediante, talvez clara na cabeça do diretor. Deu vontade de ir embora antes de acabar, mas tentei descobrir até o último minuto o que era. Não descobri ! - Três Homens e uma Noite Fria: Bom. Mika Kaurismäki, Finlândia, 2008, ficção. A surpreendente e quase desconhecida Finlândia nos presenteia novamente com um bom filme. Três homens, já maduros, enfrentam seus medos e dilemas na fria noite do inverno finlandês. Havia perdido quando passou no cinema, e o vi em DVD. - Além da Vida (Hereafter): Ruim a Regular. Clint Eastwood, EUA, 2010, ficção. Começa bem, bons efeitos, mas depois afunda na pieguice e se perde. - A Árvore (The Tree): Regular a Bom. Julie Bertucelli, França, 2010, ficção. Interessante roteiro, puxado ao fantástico, com bons atores. Falta algo. - Trabalho Sujo (Sunshine Cleaning): Regular a Bom. De Christine Jeffs, EUA, 2009, ficção. Graça e simpatia fazem a atração desta estória, de gente que luta com dificuldades para buscar o sonho americano. - Fora da Lei (Hors la loi): de Bom a Muito Bom. França/Argélia/Alemanha, 2010, ficção de Rachid Bouchareb. Centrado na vida de três irmãos argelinos, de 1925 até os anos 1960, conta algumas passagens interessantes da luta pela independência da Argélia, na qual se envolvem os três. O roteiro é linear, mas prende a atenção e revela o drama e a violência do conflito pela independência. - Tetro: Fraco a Regular. Ficção, Francis Ford Coppola, Argentina/Itália/Espanha, 2009. Capricha na forma, mas possui um pobre conteúdo, e os atores escolhidos não conseguem salvar a trama. Anos luz da capacidade demonstrada por Coppola em "O Poderoso Chefão" ou "Apocalypse Now". - 72 Horas (The Next Three Days): Fraco. De Paul Haggis, EUA, 2010, ficção. Refilmagem adaptada de "Pour Elle", de Fred Cavayé, 2008, escorrega, desde o início, para o lugar comum e o pouco crível. Um professor transforma-se em um MacGyver (o personagem de série de TV que possuía habilidade inacreditável) para tirar a esposa da cadeia. Força a mão e entedia. - Um Homem que Grita (Un Homme qui Crie): Bom. França, Bélgica e Chade, 2010, de Mahamat-Saleh Haroun, ficção. Acompanha a vida de ex-campeão de natação africano, hoje guarda-vidas em um hotel no Chade, país conturbado por guerra civil e interesses externos desde sua independência, na década de 1960. Seu apego à piscina chega à beira da irrealidade, quando tudo à volta desmorona, em mais um episódio de violência naquele país. Aliás, lugar comum na África, continente que reúne uma enorme quantidade de Estados Falidos, como o Chade. Há esperança ? - O Ciúme Mora ao Lado: Regular a Bom. Não me atrevo a colocar o título em finlandês. Finlândia, 2009, ficção, de Mika Kaurismäk. Divertido, mas sem grandes atrativos. Casal se separando de forma tumultuada, teoricamente buscando agir civilizadamente. Mas é bom ver mais um produto da Finlândia por aqui. - Machete: Regular. Robert Rodriguez, EUA, 2010, ficção. Famoso por filmes com muita ação, violência e baixo orçamento, começou a trilhar esta linha com seu primeiro longa, o já famoso "El Mariachi" (1992). "Machete" trilha o mesmo caminho, mas sua profusão de violência gratuita e bizarrices, apesar de aspecto nonsense e cômico, me cansou. - O Garoto de Liverpool (Nowhere Boy): Bom. Ficção, Reino Unido/Canadá, 2009, de Sam Taylor. Apresenta a adolescência de John Lennon, até a formação da sua banda que iria se apresentar em Hamburgo, Alemanha. Traz fatos interessantes sobre a vida do músico e reúne ótima interpretação do ator que atua como John Lennon. - A Rede Social (The Social Network): Regular a Bom. EUA, 2010, David Fincher, ficção. Baseado no livro "Bilionário por Acaso", conta a história da criação do Facebook. Curioso, mas não empolga, com um roteiro sem surpresas. - José e Pilar: Bom e Muito Bom. Espanha/Brasil/Portugal, 2010, documentário de Miguel Gonçalves Mendes. Delicioso e simpático documentário que acompanha os últimos anos de Saramago e sua mulher, Pilar. Ele exibe, em uma maratona inacreditável de viagens por todo o mundo, lucidez, energia e inteligência soberbas. - Um Homem Misterioso (The American): Regular. EUA, ficção, 2010, de Anton Corbijn. Estória acompanha matador profissional (George Clooney) da Suécia à Itália. Simples, econômico na narrativa, mesmo minimalista, mas falta algo pra trazer mais interesse e tensão à narrativa. - Moscou, Bélgica (Aanrijding in Moscou/ Moscow, Belgium): Bom. Christophe Van Rompaey, Bélgica, 2010, ficção. Interessante filme belga, passado em um bairro de Ghent, na Bélgica, chamado Moscou (daí o nome). Gente com cara de gente e situações não glamorosas, mas reais, auxiliadas por atores em ótimas atuações. Filme de baixo orçamento que me fez lembrar o estilo do "Cyrus", em cartaz. - Felicidade (Happiness): Bom. Ficção, EUA, 1998, Todd Solondz. Não resisti e vi novamente o filme de Solondz (em DVD), que havia visto na década de 1990. Realmente "A Vida Durante a Guerra" é uma continuação de "Felicidade". O qual é superior à continuação. Vendo-o, entendi melhor a sequência e tive a certeza que "Felicidade" é melhor, mais cáustico e rompe mais decisivamente com a vida suburbana norte-americana. Fico pensando o que teria motivado o diretor Solondz e fazer estes trabalhos..... - A Vida Durante a Guerra (Life During Wartime): Regular a Bom. Todd Solondz, ficção, EUA, 2010. Quase uma continuação da temática abordada em "Felicidade", do próprio Solondz, possui cenas bizarras e tipos estranhos, mas perde pro roteiro de "Felicidade" na abordagem e no impacto. - Você Vai Conhecer o Homem dos seus Sonhos (You will meet a tall dark stranger): Bom a Muito Bom. Woody Allen, ficção, EUA, 2010. Nesta comédia mais uma vez ambientada na Inglaterra (Londres), demonstrando maestria no roteiro, Allen brinca com os personagens e os envolve em situações engraçadas e coincidências que os arrastam para consequências nem sempre previstas ou desejadas. - Cyrus: Bom. Ficção, EUA, 2010, de Mark e Jay Duplass. Produção de baixo orçamento que cativa pela imaginação do roteiro, pelas situações reais e as ótimas atuações de John C. Reilly e Marisa Tomei. - Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Right): Regular a Bom. Ficção, EUA, 2010, de Lisa Cholodenko. Há alguns risos e alguma graça na situação - casal de lésbicas com filhos fruto de inseminação artificial que conhecem o doador. Mas as soluções do roteiro e os personagens são muito "certinhos" e dão poucas densidade e credibilidade à estória. - Restrepo: Muito Bom. Documentário norte-americano, de Tim Hetherington e Sebastian Junger, 2010. Continuava em Londres e todas as críticas que li a respeito em jornais e revistas foram excelentes. Decidi: tinha que vê-lo e postar minhas impressões sobre o filme !! Valeu, MUITO !! Apresenta o dia a dia de combates, violência e morte de uma unidade do exército dos EUA no vale de Korengal, no Afeganistão, entre 2007 e 2008. Você se sente caminhando com eles, e entende, um pouco, por que a situação não está evoluindo por lá, e por que o Talibã permanece muito forte em extensas regiões do país, especialmente junto ao Paquistão. - Invonlutary: Bom. Ficção sueca, 2008, direção de Rubens Östlund. Visitava Londres, e segui a dica de vários críticos da TimeOut, além de cumprir com o compromisso de postar por aqui algo que visse na viagem. Várias estórias (05) andam paralelas, mas não se cruzam. Cada pedaço de estória se sucede, no máximo com sete minutos cada. A maioria aborda o bizarro e o equívoco das decisões que levam a consequências não previstas. - Biutiful: Muito Bom. Ficção Hispano-Mexicana, 2009, de d'Alejandro Gonzàlez Iñárritu. Como prometido, quando visitava Paris, não resisti e assisti a este filme, com Javier Barden mais uma vez em excelente desempenho. A estória acontece em Barcelona, e Barden é um escroque que explora ilegais da China e da África. O cara é muito bom ator ! De 20/10 a 02/11/10 Estarei de Férias....Prometo, Caso Veja Algum Filme, Postar um Comentário Quando Voltar ! - Dois Irmãos (Dos Hermanos): Bom. Daniel Burman, Argentina, 2010, ficção. Mais uma vez o cinema argentino nos premia com uma simpática estória e com impagáveis personagens. - London River: Bom. De Rachid Bouchareb, Reino Unido/França/Argélia, 2009. Os atentados terroristas em Londres, 2005, fazem aflorar medo e preconceito, no meio da preplexidade. - O Pecado de Hadewijch (Hadewijch): Regular. França, 2009, ficção, Bruno Dumont. Fé obsessiva faz jovem parisiense procurar todos os caminhos e enveredar pelo fanatismo. Mas propõe conclusões fáceis para seu fanatismo. Esvazia o roteiro. - Tropa de Elite 2: Muito Bom. De José Padilha, Brasil, 2010. Ficção que supera o primeiro filme, com atores com interpretações mais sólidas. O caos da violência no Rio é explorado, onde se misturam uma polícia muitas vezes corrupta, o crime e Pseudo-Estados tolerados dentro do próprio Estado. - Quebra-Cabeça (Rompecabezas): Bom. Ficção, Argentina/França, 2009, de Natalia Smimoff. Simpática estória, onde uma dona de casa redescobre o prazer ao treinar para participar de evento de montagem de quebra-cabeças. - My Lai - O massacre (My Lai): Muito Bom. Festival de Cinema do Rio 2010, documentário, EUA, 2010, de Barak Goodman. Revisita este dantesco episódio da Guerra do Vietnã, onde, na aldeia de My Lai, em 1968, soldados norte-americanos massacraram centenas de civis sul vietnamitas (alguns levantamentos chegam a 500 civis mortos). - Armadillo: Muito Bom. Festival de Cinema do Rio 2010, Dinamarca, 2010, documentário, Jeanus Metz. Acompanha uma unidade do exército dinamarquês no Afeganistão, baseada no campo "Armadillo". A guerra mostra-se mais complexa do que o imaginado por aqueles soldados, que percebem, cada vez mais, quão difícil é conquistar os corações e as mentes da população afegã. É preciso mais que armas. - Turnê (Tournée): Regular. Festival de Cinema do Rio 2010, França, 2010, ficção, Mathieu Amalric. Esta ficção, onde atua o próprio Amalric, acompanha a turnê de um espetáculo de dança e música na França. Porém, se alonga e o roteiro não empolga devido à falta de dinamismo. - Ilusões Óticas: Bom. Festival de Cinema do Rio 2010, Chile / Portugal / França, Cristián Jiménez, 2009, ficção. Filme passado no sul do Chile, onde novas impressões sobre a vida são confrontadas, com humor. Simpático, engraçado e inovador. - Carancho: Muito Bom. Argentina/China/França/Coreia do Sul, 2009. Festival de Cinema do Rio 2010. Ficção, de Pablo Trapero, com o excepcional Ricardo Darín. Apresenta trama com roteiro que vai paulatinamente aumentando sua intensidade, num ritmo avassalador. Cinemão argentino ! - Micmacs: Bom. França, 2009, Jean-Pierre Jeunet, ficção. Festival de Cinema do Rio 2010. Estória percorre a acidentada vida de um francês desde sua infância e suas amizades bizarras. Roteiro imaginativo e divertido, com bom elenco. - Route Irish: Muito Bom. Festival de Cinema do Rio 2010. Reino Unido/França/Bélgica/Itália/Espanha, 2010. Ficção, de Ken Loach, mergulha no mundo das tropas mercenárias, neste caso no Iraque, e no desrespeito às leis e à vida da população local, segundo uma lógica tolerada pelos EUA e pela Grã-Bretanha. Roteiro revela aos poucos a trama. - Líbano (Lebanon): Muito Bom. Festival de Cinema do Rio 2010. Alemanha, 2009, ficção, Samuel Maoz. Estória que acompanha de maneira impressionante e clautrofóbica uma tripulação de tanque de guerra israelense na invasão do Líbano em 1982. Tudo sob o ponto de vista daquela tripulação. A loucura que impregna a situação lembra o desenho animado "Valsa com Bashir". - Os Lábios (Los labios): Regular. Festival de Cinema do Rio 2010. Argentina, 2010, ficção. A maioria dos participantes não é de atores. O tom documental não se sustenta no filme, que pretendia ser uma ficção. Talvez funcionasse como um documentário. - Cúmplices do Silêncio (Complici dei silenzio): Muito Bom. Festival de Cinema do Rio 2010. Argentina/Itália, 2009, de Stefano Incerti. Ficção ambientada na Argentina, Copa do Mundo de Futebol de 1978, onde os jogos e as comemorações aconteciam enquanto uma repressão extremamente violenta era promovida pelas forças armadas e policiais argentinas. - Essential Killing: Bom. Festival de Cinema do Rio 2010. Polonês, 2010, de Jerzy Skolimowski, ficção. Prisioneiro das tropas norte-americanas no Afeganistão é enviado à prisão em algum lugar na Europa. Interessante abordagem sob o ponto de vista de um afegão frente ao imenso impacto representado pela invasão do Afeganistão e sua captura. - Pânico nas Ruas (Panic in the Streets): Bom. Mais um filme do festival "Film Noir", no Instituto Moreira Salles, ficção de Elia Kazan, 1950. Ótimo ritmo e ótimas atuações de Richard Widmark, Jack Palance e Zero Mostel, em trama ambientada em New Orleans. Possui uma atmosfera que remete ao Macartismo. - Ascensor para o cadafalso (Ascenseur pour l'echafaud): Muito Bom. França, 1958, ficção. Este clássico de Louis Malle pode ser visto em festival do "Filme Noir", no Instituto Moreira Salles (http://www.ims.com.br/), aqui no Rio. Ótimos roteiro e atores, em uma Paris cinzenta (é preto e branco), com idas e vindas que iludem o espectador, oferecem alternativas à estória e prendem a atenção até o último segundo. - Luzes na Escuridão (Laitakaupungin valot): Bom. Finlândia, 2006, ficção. Estória acompanha vida sem graça (e à mercê de vigaristas) de funcionário de uma empresa de segurança em Helsinki. Interessante roteiro que nos faz mergulhar em uma atmosfera sombria e sem saída. Fez-me lembrar "O Homem sem Passado", também finlandês. Agora, uma dúvida: alguém entendeu algo do título no indecifrável finlandês ?? - Um Novo Caminho (Le dernier pour la route): Bom. França, 2009, ficção. Baseado em livro autobiográfico de Hervé Chabalier, apresenta, sem pieguices nem piedade, uma clínica para desintoxicação de alcoólatras. Boas interpretações para um tema árido. Principalmente do protagonista. - 5 x Favela - Agora por nós mesmos: Bom. Brasil, 2005. Ficção que apresenta 5 estórias passadas em favelas no Rio. Humor, drama e violência se misturam no cotidiano daquela população. Roteiros elaborados com imaginação, exceto um, que prefere o óbvio. Mas o resultado é positivo. - O Estranho em Mim (Das fremde in mir): Regular a Bom. Alemanha, 2008. Depressão pós parto traz sérias consequências a um casamento e a um nascimento. Simples, mas dá seu recado. - Um Doce Olhar (Bal): Bom. Turquia/Alemanha, 2010. Ficção, passada no interior da Turquia, e que aborda o mundo sob a ótica de uma criança, que vive com os pais. Singelo, mas cativa. - Cabeça a Prêmio: Muito Bom. Brasil, ficção, 2009. De Andréa Beltrão e Marco Ricca. Ótimo roteiro, ótima fotografia e excelentes atuações. A estória é revelada paulatinamente, mesmo sonegada, negociada a cada passo. Cinemão brasileiro de classe mundial ! - Destinos Ligados (Mother and Child): Bom. Ficção, EUA/Espanha, 2010. De Rodrigo García, filho de Gabriel Garcia Marquez, apresenta estória de três mulheres ligadas à maternidade. Roteiro interessante e boas atuações. - Vincere: Regular. Ficção, Itália/França, 2009. Recria história pouco conhecida de Mussolini, uma relação que produziu um filho, antes que ele chegasse ao poder. Ambos, mulher e filho, morreram na prisão na Itália fascista. Interessa pela revelação, mas não empolga. - Quando me Apaixono (Then she found me): Regular. EUA, 2007, ficção. Algumas poucas variações, mas que não permitem ao roteiro fugir ao lugar comum, estilo "sessão da tarde". - A Origem (Inception): Regular a Bom. EUA, 2010, ficção científica. Possui abordagem interessante e inédita, o que dinamiza o roteiro, mas não apresenta uma estória que fuja à fórmula "mocinho se ferra mas escapa". - Uma noite em 67: Regular a Bom. Brasil, 2010, documentário. Conta a história do festival da Record de 1967, com depoimentos muito bons de vários cantores e compositores, como Chico Buarque, Caetano e Edu Lobo. Revela os bastidores curiosos, alguns engraçados. Poderia ter se aventurado mais no momento em que vivia o Brasil dos festivais naquele ano, 1967. - Sempre Bela (Belle toujours): Regular. França/Portugal, 2006, ficção. Livremente inspirada em "A Bela da Tarde", cresce nas expectativas (para quem viu "A Bela da Tarde") mas descepciona e desaponta, verdadeiro anticlimax. - À Prova de Morte (Death Proof): Bom. Ficção, EUA, 2007. Quentin Tarantino ataca novamente. Pura diversão. Muito humor e violência. Mas há muito blá, blá, blá desnecessário. E não tem a genialidade de "Cães de Aluguel", "Pulp Fiction" ou "Kill Bill" - Patrick 1,5: Regular. Ficção sueca, 2008. Uma comédia que possui uma boa idéia, casal gay que deseja adotar um filho, mas cujo roteiro é previsível e sem imaginação. - 15 anos e meio (15 ans et demi): Regular a Bom. França, 2008. Esta ficção, uma comédia, tem seu ponto alto em Daniel Auteuil. Mas resvala em situações comuns e não escapa da mesmice. - O Pequeno Nicolau (Le petit Nicolas): Muito Bom a Excelente! França, 2009, ficção, de Laurent Tirar. Baseada nos livros de René Goscinny, o genial criador de Axterix e Lucky Luke, é uma comédia deliciosa, onde você rirá a valer. As crianças francesas, especialmente Nicolas, são sensacionais ! As situações, impagáveis ! - Flor do Deserto (Desert Flower): Bom. Alemanha/Áustria/Reino Unido, 2009. Ficção baseada na história real da modelo nascida na Somália, entre a fome e costumes que situam a mulher como um objeto de segunda categoria, mero coadjuvante. A modelo trouxe ao mundo toda a violência cometida contra as mulheres naquele país. Interessante e comovente. - Brilho de uma Paixão (Bright star): Regular a Bom. Ficção, Reino Unido/Austrália/França, 2009. De Jane Campion, diretora neozelandesa, que já nos deu o premiado "O Piano", desta vez conta a história real do poeta britânico John Keats, dito dos maiores entre os românticos, em seus últimos anos. Possui beleza e bela fotografia, marca da diretora, mas seu ritmo e seus versos românticos tornam a narrativa algo enfadonha. - Sede de Sangue (Bakjwi): Regular a Bom. Coreia do Sul, 2009. Ficção, de Park Chan-Wook, de "Old Boy", com ares vampirescos e um pouco de humor. Interessante abordagem, mas perde para outras ficções coreanas. - Soul Kitchen: Bom. Alemanha, 2009, ficção. O diretor turco-alemão Fatih Akin realiza dessa vez uma comédia em torno de um restaurante/café em Hamburgo, Alemanha. Estão presentes as diferenças e as tensões entre as etnias, como em "Contra a Parede" e "Do Outro Lado", do mesmo diretor. Mas confesso que preferi as ficções anteriores, mais densas e com melhores roteiros. - O Profeta (Un Prophète): Bom. França, 2008, ficção. O crime e as divisões étnicas, bem marcantes na França, retratados dentro de um presídio francês, com crueza e sem pudor. Poderia ser um pouco mais curto. - O Refúgio (Le Refuge): Bom. França, 2009, ficção. François Ozon traz às telas interessante estória em torno da gravidez. Simples e surpreendente. - Coco Chanel & Igor Stravinsky: Bom. França, 2009, ficção. Traz o relacionamento desses dois personagens transgressores e inovadores, na moda e na música. Roteiro linear, mas interessante. Protogonistas com boas atuações. - Olhos Azuis: Bom. Brasil, 2010. Ficção, que apresenta a impressionante truculência da imigração norte-americana com os vindos do terceiro mundo. Bom roteiro e bons atores. - O Escritor Fantasma (The ghost writer): Bom. Ficção, França/Alemanha/Reino Unido, 2010. Polanski constrói interessenta estória que explicaria os imediato e inquestionável alinhamentos da Política Externa do Reino Unido do Governo Trabalhista com os EUA da Era Bush. - Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo: Fraco. Brasil, 2009. A estória tem originalidade, com abordagem diferente. Mas não escapa da monotonia e do tédio. - Quincas Berro D'Água: Bom. Brasil, 2009. Ficção que traz para as telas romance de Jorge Amado e reúne atores muito bons, como Paulo José e Marieta Severo. Roteiro e direção competentes imprimem ritmo agil. - Mademoiselle Chambon (Mademoiselle Chambon): Bom. França, 2009. Interessante ficção que, com ritmo suave e cronológico, nos conta um estória com gente com cara de gente, e com bons atores. - Polícia, adjetivo (Politist, adjetiv): Fraco. Ficção, Romênia, 2009. Desta vez a Romênia, que já nos trouxe belas surpresas no cinema, realiza um filme que entedia. Deu vontade de abandonar a sala de projeção antes do filme acabar. - O Que Resta do Tempo (The Time that Remains): Fraco a Regular. Ficção, Bélgica/França/Itália/Reino Unido, 2009. Elia Suleiman conta um pedacinho da história de sua família na Palestina, mas falta muito à narrativa. Não convence. - Sonhos Roubados: Bom. Ficção, Brasil, 2009. Sandra Werneck fez belo retrato de uma infância criada num bolsão de pobreza no Rio (podia ser qualquer lugar no Brasil), sem alternativas, em meio à violência e à desesperança. - Tudo Pode Dar Certo (Whatever Works): Fraco a Regular. Ficção, França/EUA, 2009. Esta nova comédia de Woody Allen não dá certo...Algumas poucas risadas, mas roteiro previsível, sem imaginação, e o comediante, como ator, Larry David (co-autor da série "Seinfeld"), entediante e repetitivo. Deve ser por isso que Allen não atuou. Sabia que a coisa toda não funcionaria. - Iluminado pelo Fogo (Iluminados por El Fuego): Bom. Ficção, Argentina/Espanha, 2005. Lembranças de um argentino, e sua experiência traumática como recruta em 1982, na Guerra das Malvinas. Todo o absurdo da aventura dos militares argentinos está na tela. - Hiperatrivo: Bom. Abro mais uma vez espaço para o Teatro, que não é minha praia, mas esporadicamente, como agora, assisto. Com o ótimo Paulo Gustavo, é uma "Stand Up Comedy", com várias tiradas hilárias. Para rir e relaxar. - Mary e Max - Uma amizade diferente (Mary and Max): Muito Bom. Ficção, Austrália, 2009. Animação feita com massinha, quadro a quadro, que descreve uma relação quase surreal, via cartas, de um judeu novaiorquino e uma menina na Austrália, durante aproximadamente 20 anos. Emociona, e faz rir. - Pecado da Carne (Einaym Pkuhot): Bom. Ficção, Israel/Alemanha/França, 2009. Interessante estória que mistura o quase irreconciliável: judeus ortodoxos em Israel e homossexualismo. - Diário Perdido (Mères et Filles): Bom. Ficção, França/Canadá, 2009. Evolui entre as tensões familiares até um clímax. - Mother - a Busca pela Verdade (Madeo): Muito Bom. Coréia do Sul, 2009, ficção. Amor de mãe até o fim. Já conhecíamos a Mãe Italiana e a Mãe Judia. Surge uma nova categoria: a Mãe Coreana. A intensidade do cinema coreano impressiona e é uma característica de quase todos os filmes coreanos. - Chico Xavier - o filme: Bom. Brasil, 2010. Ficção que apresenta de forma competente a vida de Chico Xavier e o fenômeno representada pela legião de seguidores. Alguns atores muito bem, como Nelson Xavier. - Os Famosos e os Duendes da Morte: Ruim. Brasil/França, 2009. Ficção que queria ser, mas chafurda sem conseguir ser muita coisa. Tédio. - Ilha do Medo (Shutter Island): Bom. EUA, 2010. Direção de Scorcese, com boa atuação de Leonardo DiCaprio (já fizeram essa dobradinha antes), em ficção que cria atmosfera angustiante nos anos 1950, em ilha onde está localizada prisão-manicômio. - Os Homens que Encaravam Cabras: Regular a Bom. EUA, 2009. Ficção que retrata a formação de uma unidade paranormal do exército dos EUA, até a intervenção no Iraque em 2003. Sobram bons atores e tiradas cômicas, mas tem um resultado irregular. - Um Homem Sério: Muito Bom. EUA, 2009. Ficção dos irmãos Coen, desta vez retratando uma infinidade de tipos impagáveis da comunidade judia nos EUA. Tem algo de Woody Allen no humor. - Um Sonho Possível: Regular a Bom. EUA, 2009. Ficção que retrata interessante história real de resgate de um rapaz, e tem como destaque Sandra Bullock. - Direito de Amar: Bom. EUA, 2009. Ficção apresenta, sem melodramas e pieguices, o sofrimento de professor universitário gay nos EUA, 1962, após a morte de seu companheiro de vários anos. – Take Off – Florence Korea Film Fest 2010: Bom. Coreia do Sul, Kim Yong-Hwa. Divertida ficção sobre a montagem e as primeiras competições oficiais da equipe de salto em esqui da Coréia do Sul, montada com a iniciativa de um coreano adotado e criado nos EUA. Baseado em fatos reais. Mas agora vamos ao divertido do fato. Chegando a Florença em 26/02/10, eu e minha esposa, que iríamos passar 15 dias na Toscana, sabíamos que havia um cinema em Florença onde eram passados filmes na língua original, não falados em italiano (do qual não entendo nada). Na Itália os filmes são comumente passados em italiano, não legendados. Eis minha esperança de curtir minha paixão cinéfila. Chegando ao cinema na tarde de 26/03 (Cinema Odeon, Florença), descobrimos que o filme veiculado já havia sido visto por nós no Brasil. Paciência, quando retornássemos a Florença, em 12/03, tentaríamos de novo. Em nosso retorno, fomos ao Odeon, quando verificamos, para nossa decepção, que naquele dia começaria um festival do cinema Coreano. O que fazer ?? Caso fosse falado em coreano, nada entenderíamos !! Minha esposa insistiu, e perguntei no cinema a alguém, com traços orientais, se haveria legendas em inglês. Sim, ela respondeu-me. Meus olhos brilharam !! Porém, a organização do evento nos disse que a primeira noite seria somente para convidados...Decepção de novo...Minha esposa e eu argumentamos que voltaríamos para o Brasil no dia seguinte, não seria possível ver outras seções do festival senão naquele dia. Afirmamos que eu era cinéfilo, louco por cinema etc. Um rapaz da organização gentilmente nos disse, então, que voltássemos às 21:00 horas, procurássemos por ele, que ele veria o que poderia fazer. Assim procedemos. Procuramos ansiosamente o rapaz da organização às 21:00 horas, e ele, nos vendo, veio até nós e disse-nos que conseguiria dois convites. Assim o fez, e foi fantástico, como o fechamento sensacional de nossa viagem à Toscana ! Uma belíssma exibição, somente para convidados, em uma sala de cinema/teatro belíssima, em Florença ! - O Segredo dos Seus Olhos: Excelente. Argentina/Espanha, 2009. Ficção com roteiro excelente, uma estória envolvente e excelentes atuações. Ricardo Darin, o melhor ator argentino no momento, perfeito. A maturidade e a competência do cinema argentino dos últimos anos deve servir de exemplo para o cinema brasileiro. Vimos novamente esse excelente filme. Excelente, realmente ! Mudei a avaliação para EXCELENTE ! Ficarei alguns dias fora do ar (de 25/02 a 14/03), descansando um pouco, passeando. Prometo, caso veja algum filme na viagem, contar na volta. Até mais !! - Simplesmente Complicado: Regular. EUA, 2009. Ficção, onde se salva Meryl Streep. Situações onde todos são brancos, ricos, bem-sucedidos e não há problema de nenhuma espécie. A perfeita família WASP. Seção da Tarde. - O Mensageiro: Regular a Bom. EUA, 2009. Ficção, cuja abordagem é não usual (militares notificando familiares de soldados mortos), com ótima atuação de Woody Harrelson, mas com resultado irregular. - Educação: Regular. Inglaterra, 2009. Ficção, cujo roteiro prefere o caminho da previsibilidade, frustando expectativas. - A Fita Branca: Bom. Alemanha/Áustria/França/Itália, 2009. Ficção com os ingredientes da perversidade humana, sempre presentes na obra de Haneke. Aqui, aldeia alemã às vésperas da I Guerra Mundial. Há algo do "Ovo da Serpente". - Preciosa - Uma História de Esperança: Bom a Muito Bom. EUA, 2009. Ficção, baseada na novela "Push", traz relato impressionante sobre a violência e a desesperança que desabam sem piedade sobre uma adolescente pobre em Nova Iorque. Atuações impressionantes. Infelizmente, o relato é lugar comum, não excessão. - Avatar: Fraco a Regular. EUA, 2009. Ficção, James Cameron, uma bobagem. A estória possui os argumentos mais simplistas, e se arrasta demais, sem a menor necessidade. A tecnologia 3D traz ineditismo à projeção. Mas é só. - Guerra ao Terror: Bom. EUA, 2009, Ficção. Centrado na Guerra do Iraque, apresenta filmagem com jeito documental. Mostra um país em meio a uma guerra sem fim, dividido, norte-americanos de um lado, xiitas do outro, sunitas de um terceiro, e uma população sofrendo as consequências por todos os lados. Mas há filmes melhores que retratam esse momento. - A Mente que Mente: Fraco a Regular. EUA, 2008. Ficção, com John Malkovich, sobre ilusionista norte-americano. A estória é fraquinha, e nem Malkovich a salva. - Invictus: Bom. EUA, 2009. Ficção de Clint Eastwood, inspirada no período após a eleição de Nelson Mandela, na África do Sul, traz Morgan Freeman, como Mandela, em atuação inspirada. O filme apresenta um período emblemático naquele país de forma correta. - Caro Francis: Bom. Brasil, 2009. Documentário que apresenta o muitas vezes curioso e engraçado Paulo Francis. Era, na TV, uma bizarra caricatura, mas diversa do Francis da vida privada. - Amor sem Escalas: Bom. EUA, 2009. Ficção centrada em personagem que, motivado por sua bizarra profissão, viaja de avião em ritmo frenético, cruzando os EUA para toda parte. George Clooney, como sempre, muito bem, já consolidado como um dos melhores atores norte-americanos. - Hanami - Cerejeiras em Flor: Bom. Alemanha, 2008. Ficção que apresenta curiosa estória situada entre a Alemanha e o Japão. Uma jornada em meio à falta de comunicação. Um pouco longo. - Sherlock Holmes: Regular. Reino Unido/Austrália/EUA, 2009. Ficção baseada na estória do detetive Sherlock Holmes, traz Robert Downey Jr. em atuação muito boa. Mas possui rítimo mais pra Indiana Jones. Sherlock deveria ser mais cerebral. - Ervas Daninhas: Regular. França, 2009. Resnais cria expectativas nesta ficção, que parecia percorrer caminhos interessantes, mas sobra a frustração de uma evolução que não aconteceu. - (500) Dias com Ela: Bom. EUA, 2009. Essa divertida ficção, uma comédia, inova ao apresentar um discurso não linear, avançando e recuando no tempo enquanto procura destacar as fases de um romance, que dura 500 dias. - Procurando Elly: Muito Bom. Ficção iraniana, 2009. Ótimos roteiro, atores e fotografia, em estória que evolui quase negociando as revelações, trazendo, cada vez mais, perguntas e dúvidas. O bom cinema iraniano está de volta. - Um Segredo em Família: Bom. Ficção, França, 2007. Interessante estória, baseada em fatos reais, envolvendo família judia francesa. O roteiro avança e recua no tempo, enquanto novos fatos são apresentados. - Cidadão Boilesen: Bom a Muito Bom. Documentário, Brasil, 2009. Belo relato das relações intestinas de parte do empresariado brasileiro com os militares que promoveram o golpe de 1964 e comandaram a ditadura militar. No caso apresentado no documentário, o protagonista é Hennig Boilesen, presidente da Ultragaz, que emprestou total apoio (como outros empresários) à ditadura e à repressão mais violenta. - Nova York, Eu Te Amo: Regular. França/EUA, 2009, ficção que traz diversas estórias de vários diretores, todas passadas em Nova York. Segue a linha do filme "Paris, Eu Te Amo", mas é irregular, misturando algumas boas estórias com outras fracas, mesmo vazias. Uma pena, pois há ótimos atores no elenco. - É Proibido Fumar: Bom. Ficção brasileira, 2009, divertida e com excelentes atuações de Glória Pires e Paulo Miklos (Titãs). Glória Pires consolida-se como a melhor atriz brasileira na telona. - Abraços Partidos: De Bom a Muito Bom. Ficção, Espanha, 2009. Almodovar está lá, com suas principais características, alguns de seus atores preferidos (entre eles, a excelente Penélope Cruz), com roteiro bem bolado, não linear, onde a estória flui para frente e volta no tempo, enquanto as situações são, parcimoniosamente, reveladas. Em alguns momentos (poucos) o ritmo é perdido. - Julie & Julia: Bom. Ficção, EUA, 2009. Interessante estória, passada em duas épocas separadas no tempo por meio século, baseada na história real de norte-americana que vivia na França e escreveu livro sobre a culinária francesa. Ótima atuação da excelente Maryl Streep. - Mediano: De Muito Bom a Bom. Abro espaço ao teatro (não é minha praia). Produção no Rio, 2009, esta peça ficcional conta as agruras de 30 anos de história do Brasil. Risos que riem de nós mesmos. O ator Marco Antônio Pâmio está excelente ! O próprio ator comentou que procurando na APTR (ponha o Google pra trabalhar) você poderá comprar ingressos mais baratos. - Deixa Ela Entrar: Muito Bom. Ficção, Suécia, 2008. Terror e poesia em ambiente gelado de uma Suécia distante e nevada. Vale ! - No Meu Lugar: De Muito Bom a Bom. Ficção, Brasil, 2009. Estória conduzido em roteiro muito bom, que mistura tempos, ações e personagens. Absolutamente não linear. E ainda há atores em ótimas atuações. Em alguns poucos momento a estória perde o ritmo, mas o impacto geral é pequeno. - Aconteceu em Woodstock: Bom. Ficção, EUA, 2009. A simpática e divertida história de como e onde os organizadores de Woodstock acabaram fazendo o show. Baseado em fatos, cativa pelo espírito da época. O roteiro poderia ter evoluído de forma mais interessante, mas vale assistir para saber como tudo começou. - O Solista: Bom. Ficção, EUA, 2009. A interessante convivência de um jornalista e um músico esquizofrênico, que sobrevive nas ruas de Los Angeles. Jamie Foxx e Downey Jr. formam uma ótima parceria. - À Procura de Eric: Bom. Ficção, 2009, Ken Loach. Simpática abordagem, explorando as agruras de um carteiro fanático por futebol, Grã-Bretanha, com um toque de humor. Mas as preferências de Loach estão lá, na base da pirâmide social. - Coco Antes de Chanel: Bom. França, 2009. Ficção que conta o início da história da criadora da Chanel, ícone da moda. Audrey Tautou, como sempre, muito bem, em filme correto. - Bons Costumes: Regular. Reino Unido/Canadá, 2008. Ficção focada em família britânica aristocrata nos anos 1920. Alguns atores (Kristin Scott Thomas e Colin Firth) muito bem, mas a sensação de déjà vu é inapelável e a estória perde-se em alguns lugares comuns. - O Caçador: Muito Bom. Coreia do Sul, 2008. Mais uma impressionante ficção do surpreendente e quase desconhecido cinema coreano, mas que desde os últimos anos nos tem presenteado com ótimos filmes. - O Desinformante: Regular. EUA, 2009, ficção de Steven Soderbergh. Curioso, inspirado em uma história real, com boa atuação de Matt Damon, mas não prende a atenção todo o tempo. - Distrito 9: Bom. EUA, 2009, ficção científica ambientada na África do Sul, em um futuro próximo. Interessante proposta, com claras referência ao Apartheid. - Algo que Você Precisa Saber: Bom. França, 2009, ficção ambientada na França. Ótimos atores e interpretações. Mais uma inglesa no cinema francês - Charlote Rampling. - Che 2 - A Guerrilha: Regular. Espanha, 2008, ficção baseada em na vida de Che Guevara e a guerrilha empreendida por este na Bolívia, até sua morte. Algo burocrático, mas informa. - Lágrimas no Deserto: Bom. EUA, 2007, esse documentário aborda a tragédia vivida pela população não muçulmana em Darfur, Sudão. É submetida a toda espécie de violência, entre genocídio, estupros e deslocamento forçado, tudo orquestrado pelo genocida governo do Sudão. Enquanto isso, a China, com grandes interesses na região (pricipalmente petróleo), breca qualquer decisão contra o Sudão no Conselho de Segurança da ONU e a comunidade internacional pouco faz. Realmente, uma tragédia.... - Herbert de Perto: Muito Bom. Brasil, 2006, belo documentário sobre a carreira de Herbert Vianna e os Paralamas do Sucesso, que mostra a saga da banda no surgimento do Rock Brasil, no período da Rádio Fluminense, e a trajetório do músico que recuperou-se de forma quase inacreditável após o acidente aéreo que o feriu gravemente e matou sua esposa. Aqueles que viveram o surgimento do Rock Brasil, Paralamas, Barão Vermelho, Legião Urbana, entre outras bandas, vão aproveitar e curtir os momentos na tela ! Vale MUITO à pena ! - Bastardos Inglórios: Bom. EUA, 2008, ficção. Tarantino em divertida e fantasiosa aventura na França ocupada na II Guerra. Violência na dose certa e muito sangue. Algumas cenas tem cara de Mel Brooks. Mas não está entre os melhores de Tarantino. - City Island: Bom. Festival de Cinema do Rio 2009. Ficção, EUA, 2009. Andy Garcia, muito bem, e sua tresloucada família envolta em cenas bizarras e engraçadas. - Partir: Muito Bom. Festival de Cinema do Rio 2009. Ficção, França, 2009. A ótima atriz inglesa Kristin Scott Thomas (Lua de Fel, Paciente Inglês) em drama passado no sul da França. Vida a dois desce ladeira abaixo e a esposa a repensa e muda seu rumo. - Storm: Muito Bom. Festival de Cinema do Rio 2009. Ficção, Alemanha, 2009. As tentativas do tribunal de Haia de responsabilizar criminoso de guerra que praticou inúmeras atrocidades na Bósnia. Impacta e, ao mesmo tempo, mostra as fragilidades da comunidade internacional na repressão aos crimes contra a humanidade. - Águas Turvas: Muito Bom. Festival de Cinema do Rio 2009. Ficção norueguesa, 2008, conta com ótimo roteiro para traçar os rumos paralelos de uma estória. - À Procura de Paz: Regular. Festival de Cinema do Rio 2009. Ficção da Eslováquia, 2009. O drama de um recem libertado da prisão. Curioso, por apresentar cinema pouco visto por aqui. Trama interessante, mas não empolga. - Eu, Ela e Minha Alma: Bom. Festival de Cinema do Rio 2009. Comédia, EUA, 2008, traz o divertido Paul Giamatti, que procura aliviar sua crise existencial removendo e armazenando sua alma. Rende sorrisos e gargalhadas. - Almoço em Agosto: Regular. Ficção italiana, 2008, é uma simpática comédia. Mas não evolui. - A Órfã: Fraco. Ficção, EUA, 2009. Tudo bem, a intérprete da menina órfã é das mais assustadoras e terríveis. Mas o filme exagera em lugares comuns que tornam a trama previsível. Sobra frustação. - Gesto Obsceno: Regular. Ficção israelense (2006), apresenta a insanidade que pode se apossar dos teóricos pacatos cidadãos modernos. Mas a cara da trama é meio déjà vu. - Bem-Vindo: Bom. Ficção (2009) francesa, retrata uma pequena parte do drama dos refugiados (no caso curdos do Iraque) e a perseguição xenófoba a qual são submetidos em Calais, França. É um gigantesco problema no mundo atualmente. - Gigante: Bom. Ficção (2009) do surpreendente cinema uruguaio, Urso de Prata 2009 em Berlim. Bons atores em simples, mas cativante, estória. Impossível não simpatizar com os caras. - Anticristo: Regular. Ficção (2009), de Lars Von Trier. O homem é intrinsecamente mau. A natureza é má. Aí a coisa pega ! Não está alinhado com o melhor de Lars Von Trier, mas é interessante. - Amantes: Bom. Ficção (2008), EUA. Algo como X amava Y, que amava Z, que amava W. E Y era bipolar ! Joaquim Phoenix muito bem ! - A Teta Assustada: Bom. Ficção (2009), passada em Lima, Peru. Em meio às lembranças da violência tão presente na América Latina, cenário de pobreza em ambiente quase surreal de favelas em Lima. - Brüno: Ruim. Ficção (2009), EUA, apresenta Sacha Cohen (Borat). Desta vez ele exagera nas baixarias. - Confissões de uma Garota de Programa: Ruim. Ficção (2009) de Steven Soderbergh, decepciona, mesmo cansa. Bruna Surfistinha deve ser mais interessante... - Se Nada Mais Der Certo: Bom. Ficção brasileira (2009), traz Cauã Reymond, Caroline Abras e João Miguel em ótimas atuações. As imagens apresentam a confusão, desesperança e o ritmo sufocante da vida dos personagens. - À Deriva: Bom. Ficção brasileira (2009) traz os excelentes Vincent Cassel (com português surpreendente) e Débora Bloch, ao mesmo tempo em que apresenta bons jovens atores em estória ambientada em Búzios dos anos 1970. - O Grupo Baader Meinhof: Regular. Ficção (2008), descreve os principais passos do grupo terrorista alemão, quase em tom documental. Perde vigor pela narrativa quase documental. - Horas de Verão: Ruim. Ficção (2008), francês. Bons atores, entre eles Juliette Binoche, desperdiçados em uma trama enfadonha. Uma pena... - Casamento Silencioso: Muito Bom. Ficção (2008) ambientada na Romênia de 1953, mostra o conflito entre uma sociedade distante do comunismo e seus conquistadores soviéticos. Atmosfera surreal, cômica e bizarra. - Paris: Bom / Regular. Ficção francesa (2008), tem pontos altos em Juliette Binoche e na própria Paris. Mas a trama é pouco inspirada. - Há Tanto Tempo que te Amo: Bom. Ficção, França/Alemanha (2008), traz drama com evolução interessante, que revela, paulatinamente, toda a dimensão do problema. Kristin Scott Thomas muito bem. - Jean Charles: Regular. Ficção (2008) baseada no triste episódio do brasileiro Jean Charles, morto em desastrada ação da polícia britânica em Londres. Interessante, mas com narrativa e evolução burocrática. Selton Mello, excelente ! - Import Export: Ruim. Ficção, Áustria, 2007. Globalização, leste e oeste. OK, a mensagem estava entendida. A maneira de contar, porém, foi exagerada, mesmo grotesca. - Loki - Arnaldo Baptista: Muito Bom. Documentário (2008), onde é apresentada a interessante e curiosa carreira do imaginativo músico dos Mutantes. Uma jornada que foi ao sucesso, desce ao fundo do poço, e é resgatada, ao final. - A Festa da Menina Morta: Regular. Ficção, 2008, o primeiro filme de Matheus Nachtergaele, onde é apresentada região esquecida pelo Brasil, mesmo outro país. O ritmo não é bom. Daniel de Oliveira, porém, muito bem. - Intrigas de Estado: Bom. Ficção de 2009, adaptação de minissérie da BBC, fala das ingerências e pressões no Congresso dos EUA por empresa que presta serviços militares e de segurança no exterior (Iraque, entre outros) e nos EUA. Atento e seguindo os passos desta empresa, jornalista fiel à imprensa investigativa. Qualquer semelhança com a Blackhawk não é mera coincidência. - Caramelo: Bom. Ficção (2007) que revela o universo feminino em país árabe (Líbano), com as idiossincrasias de uma sociedade claramente machista. - A Partida: Bom. Ficção (2008) ambientada no Japão, conta a estória ora engraçada, ora dramática, de músico desempregado que inicia trabalho como preparador de cadáver em funerária. Curiosa tradição japonesa. - Os Falsários: Bom. Ficção (2007) que apresenta a história de falsificação de dinheiro coordenada por nazistas e executada por prisioneiros judeus em campos de concentração na II Guerra, dita como a maior operação do gênero até hoje. Interessante acontecimento; o roteiro poderia ser melhor, menos linear. - Budapeste: Bom. Ficção(2009) baseada no romance de Chico Buarque. Grande fidelidade à obra de Chico, ótima fotografia, e grandes tomadas de Budapeste. Mas o filme é menor que o livro. - Recontagem: Bom. Ficção (2008) que procura reproduzir com a máxima fidelidade os dias decisivos do imbroglio na Flórida que se tornou o pesadelo da eleição para presidente dos EUA em 2000. Ótimos atores mostram como é inacreditavelmente confuso o processo eleitoral nos EUA e quão duvidosa foi a eleição de Bush filho em 2000. Não lançado nos cinemas, mas disponível em DVD. - Milagre em Santa Anna: Regular. Ficção (2008) de Spike Lee, conta a estória de tropas negras dos EUA na Itália, II Guerra. Meio arrastado, podia economizar passagens. Roteiro irregular. Ponto alto: a ação, pouco conhecida, de tropas de combate negras dos EUA na II Guerra. - 3 Macacos: Bom. Ficção (2008) ambientada na Turquia, apresenta estória movida a excelente roteiro, melhor direção em Cannes 2008, pleno de sucessivas surpresas. - Desejo e Perigo: Bom. Ficção (2007) de Ang Lee, conta a estória de resistentes chineses às forças de ocupação japonesa na II Guerra. Roteiro bem construído, mas podia ser um pouco mais curto. - Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei: Muito Bom. Documentário (2008) que apresenta um das carreiras mais meteóricas da música brasileira, com final abrupto. Bem construído, bons depoimentos, mostra um personagem polêmico em uma atmosfera polarizada e polêmica durante a ditadura militar. - O Equilibrista: Bom. Documentário (2007) sobre equilibrista francês que fez inúmeras peripécias pelo mundo, entre a Notre Dame e as Torres Gêmeas. Montagem imaginativa. - Paulo Gracindo - O Bem Amado: Bom. Documentário (2008) que resgata cenas antológicas do excelente ator e seus personagens. Há farto material para pesquisa, sem dúvida, mas o documentário poderia ser melhor construído. - A Garota Ideal: Bom. Ficção (2007) centrada na bizarra paixão de um rapaz ultratímido por boneca de silicone. Show de tipos e situações esquisitas, cômicas e exóticas. - Sinédoque, Nova York: Ruim. Ficção (2008) de Charlie Kaufman, que já nos premiou com "Quero Ser John Malkovich" e "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças", dessa vez, apesar da ajuda de Philip Seymour Hoffman, decepciona. Um começo que parecia apontar para algo, e aí o filme afunda no tédio. - Tony Manero: Bom. Ficção chilena, onde personagem caricato é obcecado por John Travolta dos "Embalos de Sábado à Noite", procurando imitar seu gestual e vestir. Tudo imerso em um Chile reprimido até a medula pela ditadura de Pinochet. A atmosfera é surreal, propositadamente carente de apelos técnicos e beira o grotesco. - Segredos Íntimos: Bom. Ficção que procura revelar a luta da mulher judia ortodoxa para vencer uma infinidade de preconceitos, entre ser inferior ao homem, religião, entre tantos. - W.: Bom. Conta parte da história do presidente George W. Bush, que presenteou o mundo com a Guerra do Iraque e uma catastrófica gestão das finanças públicas dos EUA. Algo caricato, superficial nas decisões político-econômicas de seu governo. De qualquer modo, Bush é a própria caricatura. - Simplesmente Feliz: Ruim. A estória da inglesinha espalhando felicidade possui fraco roteiro, beira o tédio e não se sustenta. - Valsa com Bashir: Excelente. Animação, onde soldado israelense, que esqueceu tudo sobre a invasão do Líbano no início dos anos 1980, a duras penas procura lembrar os fatos. Tudo desagua em Sabra e Shatila, quando, com a conivência do exército israelense, milícias cristãs libanesas massacraram a população civil. Impactante, corajoso, revoltante. - Che: Regular. Interessante, mas um pouco longo, perdendo a tensão da revolução de Cuba. Benicio Del Toro como Che muito bem, e é quem sustenta o filme. Fidel Castro muito bem representado. - Gran Torino: Bom. Clint Eastwood interpreta, como sempre, Clint Eastwood. Mas o tipo tem apelo, nessa ficção que aborda o preconceito e a violência. - Inútil: Regular. China de hoje, e o impacto da modernização da confecção. Falta algo para posicionar o documentário. - O Visitante: Bom. Professor universitário tem apartamento invadido e sua vida começa a mudar....para melhor. - Bela Noite para Voar: Ruim. Um irmão recomendou que fosse visto. Não estava na minha lista, mas segui seu conselho. Fiasco. Bons atores, com péssimo desempenho, mesmo caricatos. Alguns mesmo rizíveis. Juscelino e seu governo esperam por melhor abordagem no cinema. - Entre os Muros da Escola: Bom. Filme francês, 2007, que retrata - parece um documentário - a dura rotina em uma escola na França, assim como a desgastante tarefa dos professores. Depois do filme, vi professores falando sobre o filme, certamente reconhecendo algumas situações. - Frost / Nixon: Muito Bom. Trama que recria célebre entrevista com Richard Nixon em 1977, que obviamente buscará desencavar fatos de Watergate. Procura imprimir tom documental, e ambos atores, principalmente Frank Langela e sua construção de Nixon, muito bem. - Glória ao Cineasta: Ruim. Kitano, dessa vez, decepciona. Um começo regular é seguido de uma estória sem graça, entediante. - O Lutador: Bom. Ficção que tem seu destaque na atuação perfeita de Mickey Rourke, no papel de um astro de luta livre, decadente, no fim de sua carreira. - Quem Quer Ser Um Milionário: Bom. Filme indiano, direção britânica, que apresenta interessante estória de superação de favelado indiano de Mumbai. Impossível não simpatizar com as personagens e a trajetória das mesmas ao enfrentar infindáveis obstáculos. - Rio Congelado: Bom. Uma família norte-americana vive em extrema dificuldade após o abandono pelo pai. Representa a parcela da população - o maior segmento - totalmente desassistida pelo estado e que sobrevive precariamente. - Milk - A Voz da Igualdade: Bom. Conta a história do primeiro norte-americano gay assumido a ser eleito para um cargo público, no caso, em São Francisco. Sean Pean, excelente, está alguns degraus acima do próprio filme. - Operação Valquíria: Regular. Atentado contra Hitler em 1944 filmado mais uma vez. Há um elenco de peso, recursos técnicos e financeiros abundantes, mas falta emoção ao roteiro. Tom Cruise, como Stauffenberg, com pose de figura heróica, não convence. - O Casamento de Rachel: Regular. Família se reúne em um casamento, quando são discutidas as feridas abertas no passado. Um Conto de Natal, francês, e Feliz Natal, brasileiro, apresentam temática semelhante, mas com atores muito mais competentes e abordagem muito mais sólida, verossímel e melhor. - O Leitor: Muito Bom. Ficção, com ótima atuação de Kate Winslet, enquanto a trama cresce de intensidade e complexidade. Cenário: Alemanha após a II Guerra e suas culpas, cicatrizes e feridas abertas. Pequena observação: a crítica de "O Globo", que classifica a história como melodramática tratada de forma superficial, não poderia estar mais equivocada. - Dúvida: Muito Bom. Ficção com todos os melhores ingredientes: ótimo roteiro, excelentes atores (Meryl Streep e Philip Seymour Hoffman) e um embate entre os protagonistas que cresce até um clímax. - Ninho Vazio: Bom. Comédia argentina sobre escritor que luta para criar seu próximo romance entre as demandas familiares. - Foi Apenas um Sonho: Bom. Ficção, de Sam Mendes, apresenta a história de casal que vive em um subúrbio de Nova Iorque. Toda a hipocrisia e a manutenção de uma atmosfera artificial sustentadas por ótimas atuações de Leonardo DiCaprio e Kate Winslet. - Um Táxi para a Escuridão: Bom. Documentário que apresenta o caso da prisão, tortura e morte de um taxista em uma prisão militar dos EUA no Afeganistão. O taxista era inocente, obviamente. O documentário vai além, e associa o evento às técnicas das prisões de Guantânamo e Abu Ghraib, subordinadas à doutrina implantada pelo governo Bush que legitimou tais técnicas de tortura. - Um Conto de Natal: Bom. Ótimos atores e diálogos secos e ferinos são a marca desse inequívoco filme francês. - Titãs - A Vida Até Parece uma Festa: Bom. Documenta a trajetória da banda de rock. Possui cenas hilárias do início da carreira. Para assistir, relembrar, rir e saborear as músicas. - O Curioso Caso de Benjamin Button: Bom. Curiosa ficção que apresenta estória de homem que nasce idoso e acompanha sua vida, quando, paulatinamente, fica mais jovem. - As Testemunhas: Bom. O aparecimento da Aids na França na década de 1980 e seu impacto é retratado. Mostra a perplexidade e o desconhecimento. - A Troca: Bom. Interessante estória baseada em fatos reais, Califórnia do início do século XX. Boa reconstituição, com a ajuda, é claro, de computação gráfica. - Alguém que me ame de verdade: Bom. Drama/comédia ambientado em Nova Iorque, onde mostra as agruras e as ideossincrasias pelas quais passam duas professoras, uma judia ortodoxa e outra muçulmana. Ortodoxia e extremismo em qualquer religião não dão certo.... - Um Homem Bom: Regular. Curiosidade: estréia do diretor brasileiro Vicente Amorim no cinema internacional. Porém desenvolve trama pouco fundamentada e factível, resvalando na questão sobre eutanásia e eugenia no nazismo sem maiores explicações. - Garage Olimpo. Muito Bom. Filme de 1999, apresenta a tragédia argentina que foi a ditadura militar de 1976 a 1983 (última versão de ditadura portenha), através da repressão violenta, tortura e eliminação daqueles que, no entender dos militares, representassem alguma ameaça. Filme cru, com cenas fortes, que nos faz pensar sobre o praticado pelos militares aqui no Brasil. Aqueles que praticaram tão hediondos atos, além de explorarem e roubarem o quanto podiam dos presos e seus familiares, merecem a punição exemplar da justiça, sob pena de vermos o retorno desse absurdo. - Rebobine Por Favor. Bom. Comédia americana, que mexe com a paixão pelo cinema. Divertido e criativo. - Feliz Natal. Muito Bom. Primeiro trabalho de Selton Melo na direção de um longa-metragem, conta com drama sem conceções, atores em excelentes atuações e fotografia de primeira. - O Silêncio de Lorna. Bom. Direção belga. Aborda migrantes albaneses na europa ocidental que forjam casamento com belga para assegurar cidadania. Tema procedente e polêmico. Atuação convincente. Ritmo algo inconstante. - Queime Depois de Ler: Bom. Irmãos Cohen nos presenteiam com divertida comédia, dessa vez sobre trapalhadas envolvendo agentes secretos, CIA, KGB, entre outros. - Orquestra dos Meninos: Bom. Brasileiro, retrata a escola de música criada no Nordeste Brasileiro para jovens. Ótimo material, mas elenco (alguns) inexperiente, quando não caricato. - 4 Minutos: Muito Bom. Alemão (2006), apresenta instigante estória onde se relacionam presidiária, exímia pianista, e professora de piano. Mais um da excelente safra dos alemães que chegam ao Brasil. - Marcas da Vida: Bom. Filhote escocês do Dogma 95, mostra estória onde cada pedaço vai se revelando, muitas vezes sem que você o entenda, até o desfecho final. O cenário: uma Glasgow fria, suja e áspera. - Cashback: Bom. Inglês, retrata o fim de um romance por um jovem, que resolve, após isso, trabalhar à noite (perde o sono), onde conhece tipos que lembram o inglês "The Office". Abordagem curiosa e inovadora, em produção simples. - Vicky Cristina Barcelona: Bom. Mais um Woody Allen ambientado fora dos EUA, dessa vez na Espanha. Elenco afiado, principalmente Javier Barden e Penélope Cruz. Mas é inferior a Match Point. - Persépolis: Muito Bom. Animação que retrata, sob o ponto de vista de uma menina no Irã, a evolução da história naquele país, desde os tempos de repressão promovida pelo Xá, a revolução que o derrubou a acenou com maior liberdade para todos, e a ingerência pelo estado teocrático dos Ayatolás, controlando vários aspectos da vida dos iranianos, e impondo comportamentos e uma nova conduta a todos (véus para as mulheres, por exemplo). - Caos Calmo: Bom. Nanni Moretti, dos melhores atores do cinema italiano atual (também roteirista), em filme que mistura comédia, drama e situações insólitas, após a morte de ente querido. Tudo recheado da verve e do gestual puramente italianos. - Leonera: Bom. Cinema argentino apresentando abordagem nova. Mulher grávida, posteriormente com filho recem-nascido, em prisão argentina e todos os problemas oriundos dessa situação pouco comum. Rodrigo Santoro participa de forma convincente. - Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada: Muito Ruim ! Lugares comuns, maus atores e uma Juliette Binoche irreconhecivelmente iverossímel. - Na Mira do Chef: Bom. Colin Farrel e Ralph Fiennes afinados com o humor negro e o sarcasmo que estão presentes em cada minuto do filme. Ao fundo, a bucólica Bruges, na Bélgica. - Última Parada 174: Muito Bom. Elenco afinado e extremamente competente, que empresta um realismo impressionante à tragédia. Demonstra claramente que uma criança submetida àquela sucessão de violências e tragédias em toda sua vida somente poderia devolver-nos revolta e mais violência. - Fatal: Bom. Penélope Cruz e Ben Kingsley em ótimas atuações. O drama sugere vários rumos, mas o escolhido não é o óbvio. - No End in Sight: Excelente. Charles Ferguson (2007) fez documentário de um didatismo impressionante sobre a evolução do imbroglio da administração Bush no Iraque em direção ao atoleiro e ao caos. - A Onda: Muito Bom. Festival do Rio 2008. O fantasma do nazismo assombra professor na Alemanha, que deseja conferir realismo ao ensino sobre o período. - Guerra sem Cortes: Muito Bom. Festival do Rio 2008. Brian de Palma volta a dirigir, dessa vez dramatizando terrível episódio ocorrido na Guerra do Iraque, quando soldados norte-americanos mataram toda uma família de civis iraquianos. A maneira de dirigir o filme confere ao mesmo um grande realismo. - Alexandra: Regular. Festival do Rio 2008. Do diretor Sokurov, retrata, no meio de um drama familiar, a situação caótica e belicosa vivida pela Rússia e as ex-repúblicas da antiga URSS. A estória deveria ser melhor contextualizada. - A Boa Vida: Bom. Festival do Rio 2008. A vida de diversos moradores de Santiago, Chile, segue rumos paralelos, curiosos e engraçados. - Katyn: Bom. Festival do Rio 2008. Andrzej Wajda dirije drama sobre o massacre de oficiais poloneses pelos soviéticos nas florestas de Katyn, II Guerra. Importante relato, mas o filme exige mais força. - Fantasmas de Abu Ghraib: Muito Bom. Festival do Rio 2007. A história das prisões de Abu Ghraib, na Guerra do Iraque. Rory Kennedy monta seu documentário com depoimentos impactantes, ao mesmo tempo em que apresenta toda a cadeia de eventos e pessoas que levou aos absurdos nas prisões. Questiona com propriedade a condenação de soldados, enquanto a maioria das autoridades que comandou as operações nas prisões, os verdadeiros responsáveis, escapa incólume. - Procedimento Operacional Padrão: Muito Bom. Festival do Rio 2008. Disseca os absurdos e os abusos ocorridos na prisão de Abu Ghraib, Iraque, através de depoimentos contundentes. Mas falta melhor contextualização para se entender como as coisas chegaram a essa terrível situação. - Pele: Excelente. Festival do Rio 2008. Impressionante história de preconceito na África do Sul do Apartheid. Baseada em uma história real. O que a torna ainda mais inacreditável. - Desonra: Bom. Festival do Rio 2008. O período pós Apartheid na África do Sul tem sido de um conjunto de novas situações de convívio entre negros e brancos. Nesse cenário, ótimas atuações robustecem o drama, baseado em romance de J.M.Coetzee. - O Veneno e o Antídoto: Regular. Festival do Rio 2008. Documentário brasileiro sobre as iniciativas na Colômbia, várias bem sucedidas, para a pacificação da mesma. Os resultados nas cidades tem sido muito bons. Permanece o problema no campo. A duração do documentário, pequena, impede um maior aprofundamento e avaliação das questões abordadas. - O Julgamento: Regular. Festival do Rio 2008. Acerto de contas entre torturados pela ditadura de Salazar (Portugal) e membro das forças de segurança. Elenco de menor estatura do que a estória exigia. - A Batalha de Haditha: Bom. Festival do Rio 2008. Esse pequeno episódio da ocupação norte-americana do Iraque retrata, através do desastre que foi, todos os erros do completo e total despreparo dos EUA na conquista e precária tentativa de pacificação do país. Alguns elementos da truculência e do preconceito vistos na Guerra do Vietnam. - Gomorra: Bom. Festival do Rio 2008. Impressionante retrato do crime na região de Nápoles, controlado pela Camorra (a Máfia da região). Movimenta 500 milhões de dólares por dia. O maior mercado a céu aberto de tráfico de drogas no mundo. O caos instalado, onde a presença do governo italiano pouca diferença faz. Óbvio que também movido a corrupção do Estado. Infelizmente me lembrou o Rio.... - O Denunciante: Regular. Festival do Rio 2008. O tema é interessante. Executivo de empresa de energia com negócios na América Latina, envolvida com governos inescrupulosos e falsificação de projeções para a obtenção de financiamentos do Banco Mundial, resolve divulgar os dados reais. As consequências, para ele, são as piores. Mas o filme fica muito aquem dessas questões. - Ensaio sobre a Cegueira: Muito Bom. Fernando Meirelles consegue trazer às telas toda a atmosfera tensa e sufocante do excelente romance de Saramago. O filme reproduz com precisão as principais situações retratadas no livro. - Delírios: Bom. Steve Buscemi impagável ! E o filme desfila uma sucessão de situações ridículas e bizarras protagonizadas por Paparazzi e uma cantora de músicas enlatadas de vídeo clipes. - Lady Jane: Regular. Filme francês com bons atores, onde as vinganças se sucedem à exaustão. E só... - O Mistério do Samba: Bom. Documentário sobre o samba, conta um pouco da história da Portela. Depoimentos algumas vezes divertidos. - Linha de Passe: Muito Bom. Ótima atuação de todo o elenco. Retrata a dura realidade de família na periferia de São Paulo e a busca, por seus membros, de saídas e alternativas. - O Nevoeiro: Regular. Há tensão e suspense, mas insiste em fórmulas fáceis e pouco profundas. - Os Desafinados: Bom. Bom elenco, estória divertida, mas só. - Nome Próprio: Regular. Dica de meu irmão Paulo. Estória que se torna longa demais para um único tema, a criadora de um Blog. Leandra Leal excelente ! - Um Crime Americano: Bom. Bom elenco em filme que retrata situação inacreditável de violência contra menores ocorrida nos EUA. Lamentavelmente, situações semelhantes acontecem pelo mundo. - Reflexos da Inocência: Bom. Resgate do passado, oportunidades e opções assumidas e desperdiçadas. - Era Uma Vez.....: Regular. A convivência entre a favela e a Zona Sul, Rio de Janeiro. Entre esses extremos, um romance entre uma moradora da Vieira Souto (praia de Ipanema) e um morador de uma favela. - Lemon Tree: Bom. A não resolvida questão da convivência entre judeus e palestinos. - Quem Disse que é Fácil ? Bom. Comédia argentina, com alguns lugares comuns, mas com ótimas atuações, principalmente de Diego Peretti, impagável ! - Como Eu Festejei o Fim do Mundo: Regular. Cinema romeno volta a mostrar sua força, acompanhando a queda de Ceausescu. Mas perde para outros filmes romenos, alguns do mesmo diretor. - Batman - O Cavaleiro das Trevas: Bom. Coringa, excelente. Último papel de Heath Ledger. Pura diversão, muita violência, e os bons também saem perdendo. - A Questão Humana: Regular. Navega, algo arrastado, entre um psicólogo pouco escrupuloso na eliminação de cargos em uma empresa, e fatos que ligam o passado de diretores da mesma ao nazismo. - Uma Garota Dividida em Dois: Bom. Claude Chabrol apresenta interessante estória sobre jovem dividida entre 02 homens, um muito mais velho, o outro milionário. Atrás de cada um, comportamentos bizarros. - O Advogado do Terror: Bom. Sou simpático à causa argelina de independência, retratada de forma soberba em "A Batalha de Argel". Jacques Vergès começa sua vida de advogado defendendo terrorista argelina, presa pelos franceses. Missão corajosa. Mas a partir desse momento o vemos envolvido com a defesa de membros do Pol Pot, que promoveram o genocídio do povo cambojano, Carlos, o Chacal, e outros terroristas alemãs, libaneses, palestinos etc. Difícil aceitar seus argumentos. Não pude deixar de lembrar de advogados no Brasil defendendo todo tipo de escroque e pilantra. A ética passa longe. - Do Outro Lado: Muito Bom ! Mais uma vez o diretor Fatih Akin apresenta as superposições entre Turcos e Alemães. Ótima estória, que recua e avança no tempo, para paulatinamente evoluir. Há mais coisas entre Turcos e Alemães do que eles supõe ou desejam ! - A Última Amante: Regular. Baseado em romance, França no início do século XIX, curioso, mas não sustenta a emoção ou o interesse. - O Escafandro e a Borboleta: Bom. Baseado na vida de editor francês, mistura drama, desconforto com a situação oriunda de um derrame devastador e o bom humor, apesar de tudo. - Dot.com: Bom. Divertida comédia, passada em belíssima região em Portugal. Simples, ingênua, com tipos impagáveis. - Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto: Muito Bom ! Sidney Lumet em estupenda direção, e ótimos atores, cujo destaque (inapelável) é Philip Seymour Hoffman, excelente. Ótima trama e ótimas chicanas que nos conduzem a várias alternativas narrativas, construindo uma cortina de fumaça que somente, paulatinamente, nos revela cada verdadeiro detalhe da estória. - Um Beijo Roubado: Regular. Estória que prima mais pela estética que pelo conteúdo. Ponto alto: excelente participação (deve ser a primeira) da cantora Norah Jones. - Estômago: Muito Bom. Cinema brasileiro oferece mais uma vez o seu melhor. Ótimos atores, principalmente João Miguel, ótima e divertida estória. - A Culpa é do Fidel: Muito Bom ! Exibido no Festival de Cinema do Rio 2007, dirigido pela filha do Costa Gravas, esta deliciosa comédia/drama narra o mundo na Paris conturbada do início dos anos 70 segundo os olhos de uma criança. Imperdível !
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